Organização de agricultura dos EUA se opõe à política tarifária do governo
O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, e funcionários do Departamento de Agricultura do país, visitaram o estado de Dakota do Norte no dia 23 deste mês para discutir a influência da tarifa e dos conflitos comerciais sobre os produtores e a agricultura dos EUA.
A instituição norte-americana Agricultores para o Livre Comércio divulgou no mesmo dia anúncios no rádio, ressaltando o impacto tarifário sobre os produtores rurais locais.
A soja é o principal produto na pauta de exportação dos agricultores de Dakota do Norte. A cada ano, dois terços da soja, com valor total de US$ 2 bilhões, são exportados para a China. Caso as disputas comerciais entre os EUA e a China não sejam resolvidas, os agricultores locais não terão condições de pagar seus empréstimos. Assim, o plantio de soja será impactado no próximo ano.
A instituição manifestou que o corte nas exportações é insustentável, e que os produtores esperam um mercado internacional aberto para seus produtos. A presidente da entidade, Sara Lilygren, lembrou que a tarifa terá um impacto direto sobre o café de manhã e as colheitadeiras dos agricultores.
A entidade declarou no dia 8 que vai utilizar US$ 800 mil para divulgar anúncios de oposião no rádio, na TV e em outros meios em 10 estados das regiões oeste e central dos EUA que se dedicam à agricultura.
O co-presidente da entidade, Max Baucus, ex-embaixador dos EUA na China, ressaltou que a guerra comercial prejudica os agricultores norte-americanos. Ele disse esperar uma solução do impasse via negociações.
Tradução: Virgília Han
Edição: Rafael Fontana