Comentário: China abre cada vez mais sua porta ao mundo
Em novembro, a China vai implantar sua mais nova rodada de medidas para a abertura do país.
A partir desta quinta-feira (1º de novembro), a China reduzirá as tarifas aduaneiras sobre produtos industriais importados em 1.585 categorias. Trata-se de um novo corte de tarifas de grande escala neste ano, após a diminuição em julho, que abrange produtos em 1.449 categorias. Até agora, a taxa alfandegária geral do país caiu de 9,8% no ano passado para 7,5%, e as empresas e os consumidores podem esperar por um alívio tributário de aproximadamente 60 bilhões de yuans.
No próximo dia 5, a primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, sigla em inglês) será inaugurada em Shanghai. Mais de 3 mil empresas provenientes de mais de 130 países e regiões vão explorar ainda mais o mercado do comércio internacional e atender às demandas dos consumidores na China e no mundo todo.
Estas duas novidades impulsionarão, sem dúvida nenhuma, a abertura da China para um nível mais elevado, além de levar maiores benefícios a empresas e povos de todo o mundo.
De fato, desde o mês de abril, quando o presidente chinês anunciou a ampliação da abertura do país, novas políticas e medidas têm sido aplicadas sucessivamente, como, por exemplo, relaxar a restrição da quota de ações do capital estrangeiro em setores de banco, título, seguro e automóvel. Simultaneamente, o governo diminuiu a lista negativa sobre o acesso ao mercado chinês de 63 itens para 48, e reestruturou os órgãos governamentais para melhorar a proteção de propriedades intelectuais. Tudo isso significa uma maior abertura do mercado chinês ao mundo.
Na quarta-feira (31 de outubro), o Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China se reuniu para estudar a situação e o trabalho econômico do país. Os participantes consideraram, por um lado, que a China mantém neste ano um desenvolvimento constante da economia, apesar do aumento da pressão de queda e do fato de que algumas empresas enfrentam dificuldades e riscos. E, por outro, enfatizaram a necessidade de reforçar a reforma e abertura, impulsionar o crescimento de alta qualidade, estimular o desenvolvimento paralelo das economias de múltiplas formas de propriedade, utilizar de forma ativa e eficaz capitais estrangeiros e proteger os direitos e interesses de empresas estrangeiras na China.
Este é o juízo correto feito pela liderança chinesa sobre a atual situação econômica nacional. Por intermédio das medidas de resposta, conclui-se que a reforma e abertura não se resume a um slogan da China. Pelo contrário, constitui uma tática essencial para o país superar desafios e riscos. Com a diminuição de tarifas aduaneiras e a realização da exposição internacional de importação, a China está abrindo ainda mais sua porta ao mundo. E o mundo pode encontrar oportunidades ainda mais atrativas provenientes da incessante reforma e abertura da China.
tradução: Shi Liang
edição: Rafael Fontana