Comércio exterior da China cresce 9,9% nos primeiros nove meses de 2018
O comércio exterior da China aumentou 9,9% em termos anuais para 22,28 trilhões de yuans (cerca de US$ 3,23 trilhões) nos primeiros três trimestres deste ano. Os números foram divulgados pela Administração Geral das Alfândegas nesta sexta-feira (12).
A exportação de mercadorias subiu 6,5% no mesmo período, para 11,86 trilhões de yuans, enquanto as importações cresceram 14,1%, totalizando 10,42 trilhões de yuans. Como resultado, o país teve um superávit comercial de 1,44 trilhão de yuans, uma redução de 28,3%.
O porta-voz da Administração Geral das Alfândegas, Li Kuiwen, explicou que, de janeiro a setembro deste ano, a China manteve um comércio crescente com principais parceiros, especialmente os países envolvidos na iniciativa “Cinturão e Rota”.
“Nos primeiros três trimestres, o comércio chinês com a União Europeia, os Estados Unidos e a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) aumentou 7,3%, 6,5% e 12,6%, respectivamente. O montante representa 41,2% do valor total de importações e exportações do país. Ao mesmo tempo, o comércio da China com a Rússia, a Polônia, e o Cazaquistão, três países ao longo do Cinturão e da Rota, cresceu 19,4%, 11,9% e 11,8%, respectivamente. Ou seja, com taxas de aumento mais altas.”
Segundo os dados divulgados, nos primeiros noves meses, o comércio externo da China com os Estados Unidos registrou 3,06 trilhões de yuans, ocupando 13,8% da totalidade do comércio chinês. Os Estados Unidos ainda são o maior parceiro comercial da China. Apenas em setembro, comércio bilateral foi de 405.5 bilhões de yuans, uma alta de 13,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo Li Kuiwen, as influências causadas pelo conflito comercial entre os dois países são controláveis.
“Em geral, a China e os Estados Unidos possuem uma forte complementaridade no comércio bilateral. Já se formou entre os dois países um quadro de interesses intimamente entrelaçados. A China possui uma cadeia industrial completa e forte capacidade manufatureira, enquanto o mercado norte-americano conta com uma dependência dos produtos fabricados pela China.”
Segundo Li Kuiwen, além do rápido crescimento, o comércio exterior da China ainda apresentou uma melhoria na qualidade e eficiência neste ano. Por exemplo, a comercialização de mercadorias com longa cadeia industrial e alto valor agregado aumentou 13,5%, em um ritmo de crescimento mais rápido que o verificado no comércio exterior geral. Também foi verificado um desempenho ativo das empresas privadas e a otimização constante da estrutura de mercadorias voltadas para importação e exportação.