China aposta em Cinturão e Rota para reforçar abertura
Este ano assinala o 5º aniversário da promulgação da iniciativa Cinturão e Rota. Passados cinco anos, ela já passou de uma ideia para uma ação pragmática. Com base no Cinturão e Rota, a China vai se esforçar para formar uma nova conjuntura de abertura, caracterizada por uma maior envergadura, nível mais profundo e meios inovadores.
A China firmou, com 86 países e organizações internacionais, 101 acordos de cooperação do Cinturão e Rota até abril deste ano. Os acordos incluem áreas como infraestruturas, capacidade produtiva, investimento, economia, comércio, finanças e tecnologia. O país fechou também 16 acordos de livre comércio com 24 países e regiões como Coreia do Sul, Paquistão, Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), Peru e Chile.
O volume acumulado da balança comercial da China com os países ao longo do Cinturão e Rota superou o patamar de US$5 trilhões nestes cinco anos. A cifra registrada no ano passado bateu o recorde histórico, com um ritmo de crescimento de 14,2%. No mesmo ano, as importações chinesas desses países atingiram o nível de US$ 666 bilhões, uma alta de 20 %.
O diretor do Instituto de Pesquisa do Cinturão e Rota da Universidade Normal de Beijing, Hu Biliang, disse que o segredo do sucesso da iniciativa consiste no fato de que a mesma é capaz de promover não apenas o desenvolvimento da China, como também de todo o mundo.
“Quando a iniciativa foi lançada em 2013, a economia mundial estava estagnada. A iniciativa tenta incentivar, por meio da construção de infraestruturas e interconectividade, o investimento, o consumo e o emprego, promovendo a economia mundial, sobretudo a dos países em desenvolvimento.”
O relatório anual sobre a competitividade asiática 2018, que foi lançado há pouco no fórum Boao, indicou que as zonas de cooperação comercial criadas pela China em mais de 20 países geraram aproximadamente US$ 1,1 bilhão em impostos e 180 mil postos de trabalho. A iniciativa Cinturão e Rota está contribuindo mais para a diminuição da pobreza por meio da educação, intercâmbios culturais, cooperação em tratamento médico e na luta para diminuir o gap digital.
A China ainda apostará no Cinturão e Rota para reforçar ainda mais o grau de abertura, ampliando as áreas, aprofundando o nível e inovando os meios de abertura. Para Yang Changyong, vice-diretor do departamento de economia ao exterior do Instituto de Pesquisa Macroeconômica, a inciativa Cinturão e Rota oferece importantes experiências para uma maior abertura do país.
“Antes de tudo, devemos persistir na cooperação de benefício recíproco ao reforçar a abertura. Em seguida, temos de observar a metodologia de consulta conjunta, construção conjunta e compartilhamento. Depois, os contatos políticos sempre ficam em primeiro. Por fim, devemos criar um mecanismo de financiamento de risco controlado e sustentável.”
A iniciativa Cinturão e Rota ajuda a superar as dificuldades da globalização econômica e promove uma economia mundial mais equilibrada, tolerante e sustentável.
“Falta ainda à economia mundial a força motriz de crescimento, além da crescente tendência protecionista. Nesse contexto, a China abre seu mercado de 1,3 bilhão de pessoas, dando boas-vindas à entrada de produtos, serviços, capitais, tecnologias e pessoal. Isso reflete a responsabilidade da China quanto ao desenvolvimento robusto, equilibrado e abrangente da economia global.”