Inaugurado em Shanghai 7º Fórum Internacional de Estudos Chineses
O 7º Fórum Internacional de Estudos Chineses foi inaugurado no domingo (10) em Shanghai. O evento tem como tema “A China na nova era” e conta com a participação de mais de 180 especialistas em estudos chineses, vindos de aproximadamente 30 países e regiões.
Trata-se do primeiro evento acadêmico de grande dimensão realizado na China após o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh). Segundo o diretor do Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado da China, Jiang Jianguo, para entender a China na nova era, os estudiosos devem prestar atenção em quatro palavras-chaves – novo pensamento, nova conclusão, nova meta e nova visão. Ele afirmou que os estudos chineses devem acompanhar o ritmo do desenvolvimento chinês, visto que a China entrou em uma nova era. Ele também propôs as seguintes sugestões aos participantes.
“Primeiro é estudar e relatar as histórias maravilhosas sobre a China. Isso tem grande importância para o mundo conhecer e compreender a China. O segundo é estudar e interpretar bem o grande sonho da China, isto é, concretizar a revitalização da nação e do povo chinês. Entender o processo de seguir o sonho chinês ajudará os especialistas a compor uma música comovente nos estudos chineses. O terceiro é pesquisar e explicar os conceitos de valor da China. O quarto é estudar e comunicar os pensamentos dos chineses sobre o mundo. Desde a antiguidade, o povo chinês tem procurado uma relação próxima com a população mundial e tem aspirado um mundo pertencente ao público. O que o Partido Comunista da China está fazendo é justamente lutar pela felicidade do povo, pela revitalização do país e pela paz e desenvolvimento da humanidade.”
O ex-primeiro-ministro da Austrália e presidente do Instituto de Política da Associação da Ásia, Kevin Rudd, proferiu um discurso com o tema “Novos estudos chineses na nova era”. Rudd apresentou suas observações sobre a China na nova era, além de dar opiniões e sugestões para a promoção dos novos estudos chineses. De acordo com ele, os países ocidentais não devem olhar para a China a partir de perspectivas simples, como apenas apoio ou oposição.
“Quando ouço dizer ‘contra China’ ou ‘pró-China’, normalmente, fico frustrado. Se não conseguirmos entender plenamente a China, nem compreendermos suas palavras e ações, o mundo ocidental terá mal-entendidos e julgamentos falsos que vão gerar consequências graves.”
A iniciativa “Cinturão e Rota” proposta pela China virou tema de um debate caloroso no fórum. O ex-assessor do chanceler do Sri Lanka e ex-embaixador do país na China, Rodrigo Nihal, afirmou que seu país está situado ao longo do “Cinturão e Rota” e que a economia portuária possui grande significado para o país, lembrando do projeto de cooperação sino-srilanquesa no porto Hambantota.
“A cooperação portuária com a China beneficia a economia, comércio e turismo do Sri Lanka. Os intercâmbios econômicos com a China trouxeram um rápido desenvolvimento para nosso turismo. Tratam-se de cooperações positivas e de interesse mútuo.”
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Layanna Azevedo