Lançamento dos dois satélites Beidou-3 inicia a “era da rede global” da China
Às 19h45 de domingo (5), a China lançou dois satélites Beidou-3 pelo foguete cargueiro Longa Marcha-3B, no Centro de Lançamento de Satélites Xichang na Província de Sichuan, sudoeste do país. Esses são os dois primeiros satélites Beidou-3 enviados pela China, como parte da expansão oficial do seu sistema de satélite de navegação Beidou. O lançamento é considerado o início da “era da rede global”da China.
Após quatro horas do envio, os dois satélites entraram na órbita e abriram com sucesso suas asas de energia solar. O diretor do Centro de Lançamento de Satélites Xichang, Zhang Xueyu, afirmou o sucesso do lançamento.
“Agora eu declaro que o lançamento dos satélites foi realizado com sucesso!”
O projeto Beidou, que recebeu seu nome do termo chinês que se refere à constelação Ursa Maior, foi iniciado formalmente em 1994. Entrou em serviço na China em 2000 e, na região da Ásia-Pacífico, no final do 2012. A China planeja desenvolver esse sistema de posicionamento e navegação global até 2020.
Segundo o projetista chefe do sistema de navegação Beidou, Yang Changfeng, o lançamento dos satélites Beidou-3 vai ajudar a construção da rede global de navegação da China.
“Esse lançamento de satélites Beidou-3 marca o início da era da rede global do sistema Beidou. É de grande significado para promover a utilização mais plena do sistema e estimular novas cooperações internacionais nesse setor.”
O sistema de satélite de navegação Beidou é uma importante infraestrutura do aeroespaço da China. O Projeto-3 de Beidou foi iniciado em 2009. Após oito anos de pesquisa, com uma plena participação de diversas entidades, a China conseguiu grandes progressos nas tecnologias-chave e construíram satélites em estágio estável. Entre 2015 e 2016, a China lançou com sucesso cinco satélites de nova geração, terminando testes na órbita. Yang Changfeng disse que o sistema Beidou tem sido aperfeiçoado nesses anos e já se tornou um novo modo de desenvolvimento de navegação por satélites.
Segundo o projetista chefe do satélite Beidou-3, Xie Jun, a China utilizou novas tecnologias como relógio atômico de hidrogênio nessa nova geração de satélite, elevando de forma considerável sua capacidade de navegação.
“Esses dois satélites de terceira geração têm uma capacidade muito mais elevada em comparação com os de segunda geração. Ele tem também uma boa compatibilidade com o sistema de navegação norte-americana, GPS, com o russo GLONASS e com o Galileo, da Europa”.
Em 2018, a China vai lançar mais 18 satélites Beidou-3 para oferecer serviços aos países ao longo do “Cinturão e Rota” e, até 2020, mais 30 satélites serão lançados pelo país para complementar a sua rede global de navegação.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Diego