Beijing sedia Fórum sobre reforma da governança econômica global
O fórum sobre reforma da governança da economia internacional, organizado pelo Centro Financeiro Internacional do Ministério das Finanças da China, foi inaugurado em Beijing no dia 28. O vice-ministro das Finanças da China, Shi Yaobin, proferiu um discurso na abertura. Entre os representantes que participam da reunião estão a vice-presidente do Banco Mundial para as regiões da Ásia Oriental e do Oceano Pacífico, Victoria Kwakwa, o presidente da delegação da União Europeia na China, Shi Wei, e a representante de comércio dos Estados Unidos, Charlene Barshefsky. Eles discutiram acerca de oportunidades e desafios na reforma da governança da economia internacional, com o intuito de avançar numa direção mais justa e razoável.
Os mecanismos multilaterais, como o G20, constituem plataformas importantes da governança econômica global, enquanto as organizações multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), são seus componentes cruciais. O sistema da governança econômica global desempenha um papel considerável, mas ainda existem insuficiências. Depois da última reforma de cotas do FMI, em 2016, a posição da China sobre o direito a voto subiu do 6º lugar para o 3º. Índia, Brasil e Rússia também se perfilam nos top 10 do mundo. O direito à voz dos mercados emergentes aumentou bruscamente, mas os EUA ainda preservam seu poder de veto. Fenômenos como esse, considerados irracionais por analistas, são generalizados nas plataformas e organizações de governança econômica.
O vice-ministro das Finanças da China, Shi Yaobin, disse que a China tem se dedicado por um longo tempo a impulsionar a reforma da governança econômica global, além de ajustar, aperfeiçoar e inovar o que estiver inadequado, para revelar melhor a realidade da economia internacional na atualidade. A China, disse ele, defende ativamente o conceito de governança internacional de equidade, abertura, cooperação e compartilhamento, promovendo a construção de uma comunidade de destino comum da humanidade.
“A reforma da governança da economia global deve ser baseada em regras. Todas as economias têm de participar em condição de igualdade, deliberar as regras, construir os mecanismos, enfrentar os desafios conjuntamente.”
A vice-presidente do Banco Mundial para as regiões da Ásia Oriental e do Oceano Pacífico, Victoria Kwakwa, salientou que o Banco Munidal está concretizando sucessivamente as reformas, e que o futuro vai ser mais inclusivo.
O presidente da delegação representante da União Europeia na China, Shi Wei, considera que os mecanismos multilaterais desempenharão papéis importantes na governança da economia global, mas necessita de mais reformas.
A representante de comércio dos Estados Unidos, Charlene Barshefsky, ressalta a importância de cooperação entre a China e os EUA.
“Acho que a China e os EUA desempenham grandes responsabilidades no sistema da governança global, que precisa construir uma relação bilateral de benefícios mútuos. Contudo, o protecionismo é um inimigo comum dos dois países.”
Neste momento, o foco da governança econômica internacional está passando do enfrentamento da crise para um mecanismo de governança de longo prazo. Isso demanda um esforço da comunidade internacional para impulsionar o sistema da governança econômica internacional a se desenvolver numa direção mais justa e beneficiada.
Tradução: Luana Xing
Revisão: Rafael Fontana