Comentário: “America First" é o mesmo que “ameaças dos EUA” à paz mundial
No debate geral na Assembleia da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso arrogante cheio de preconceitos e mentiras. Com o tom de unilateralismo, ele opinou sobre a questão nuclear do Irã e o antiterrorismo, provocando insatisfação geral da comunidade internacional.
Donald Trump falou orgulhosamente sobre a saída dos EUA do acordo nuclear do Irã, e disse que a Casa Branca impôs sanções rigorosas contra o país. No dia 21 deste mês, o líder norte-americano assinou uma ordem executiva, declarando sanções e restrições de exportação sobre 27 instituições e pessoas relacionadas aos programas nuclear, de mísseis e de armas convencionais do Irã. Dois dias antes, o departamento de Estado proclamou unilateralmente que o país iria recuperar, a partir do mesmo dia, as sanções contra o Irã impostas pelas Nações Unidas antes da firmação do acordo nuclear iraniano, conforme o “mecanismo de recuperação rápida de sanções” estipulado na resolução 2231 do Conselho de Segurança.
Todos sabem que os EUA já haviam se retirado do acordo nuclear do Irã em maio de 2018 e não estão em posição de interferir no assunto. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no entanto, tinha escrito para o Conselho de Segurança, pedindo a restauração das sanções contra o Irã, o que foi recusado pela maioria dos países da instituição. Com o fracasso de persuadir a ONU a impor punições contra o Irã, os EUA terminaram por recorrer às medidas unilaterais. Em relação a isso, o jornal diário New York Times comentou que a confrontação diplomática causada pela tentativa dos EUA de recuperar as sanções contra o Irã é uma reflexão vívida do isolamento dos EUA pela ordem mundial.
No discurso, o presidente Donald Trump ostentou a operação de caça ao líder do grupo extremista o Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, e disse que o país já destruiu “cem por cento” do grupo extremista. Na prática, a expansão do EI está intimamente ligada aos Estados Unidos e constitui uma grande ironia sobre as políticas antiterroristas dos EUA. Além isso, a morte de al-Baghdadi não significa o desaparecimento do EI, já que os especialistas na área apelaram para ficarem mais atentos à localização e a autonomização das organizações terroristas.
A política da administração Trump de “America First" consiste, na sua essência, no unilateralismo e na hegemonia, sendo ameaças sobre a ordem internacional e a paz mundial.