Comentário: China reinicia motor econômico para ajudar no combate global à pandemia
O presidente chinês, Xi Jinping, foi à província de Zhejiang, no leste da China, no dia 29 de março, iniciando sua quarta inspeção desde a ocorrência da epidemia do novo coronavírus. A primeira parada da viagem foi o porto Zhoushan de Ningbo, conhecido como o maior do mundo em volume de trânsito anual de cargas.
Como todos sabem, a taxa de transferência portuária é um medidor do desenvolvimento econômico de um país. Os dados mostram que mais de 90% do comércio de mercadoria da China depende do transporte portuário. Apesar de enfrentar desafios do surto, o porto Zhoushan de Ningbo concluiu um total de transporte de carga de 163 milhões de toneladas nos primeiros dois meses deste ano, o que representa mais de 98% do mesmo período do ano passado. A inspeção do presidente Xi Jinping ao porto significa que a China reiniciará o motor econômico para acelerar a recuperação do comércio exterior.
Diante dos enormes impactos do COVID-19, a China controlou efetivamente a epidemia no menor tempo possível, mas também pagou um alto preço. É inevitável que a economia chinesa terá uma recessão em curto prazo. Os dados econômicos oficiais de janeiro e fevereiro já comprovaram isso. Atualmente, a China está impulsionando positivamente a recuperação das atividades de produção, enquanto reforça a prevenção dos casos importados do novo coronavírus. Até o dia 29 deste mês, cerca de 76,8% das pequenas e médias empresas chinesas já retornaram as operações, informou o Ministério da Indústria e Informatização.
Como o primeiro país que já controlou a disseminação do COVID-19, a China também assumiu responsabilidades de fornecer suprimentos médicos para outras nações afetadas. Segundo informou as mídias norte-americanas, um avião de carga com materiais médicos chineses, incluindo 12 milhões de pares de luvas, 130 mil máscaras N95, 1,7 milhão de máscaras cirúrgicas e 50 mil conjuntos de roupas de proteção, chegou no domingo (29) ao Aeroporto JFK, em Nova York. Além disso, a China também estabeleceu corredores aéreos com a França, Espanha, Irlanda, Sérvia e Paquistão para facilitar os transportes de suprimentos médicos. Um grande número de respiradores, roupas de proteção, máscaras e outros materiais médicos fabricados pela China estão chegando aos países envolvidos, fornecendo um forte suporte aos trabalhos do combate global à epidemia.
No contexto da globalização, as atividades de produção da China também estão intimamente relacionadas à demanda do exterior. Como uma parte importante da cadeia global de indústria, a disseminação da pandemia no exterior também impacta a recuperação econômica chinesa.
Perante os desafios do COVID-19, o povo chinês se uniu e derrotou o vírus. O próximo desafio para o país é maximizar a vitalidade econômica da China em um curto período de tempo. Em março, o Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro do país era de 52%, tendo um aumento de 16,3 pontos percentuais em relação ao mês passado. Isso demonstra que a China alcançou resultados positivos no controle do surto e na promoção do desenvolvimento socioeconômico.
Tradução: Zhao Yan
Edição: Diego Goulart