Comentário: É assim que nasceu a grande mentira sobre Xinjiang!
Grayzone, um website de notícias independente dos EUA, divulgou recentemente um artigo revelando de onde vieram as informações falsas sobre Xinjiang. A pesquisa, feita em conjunto por Ajit Singh e Max Blumenthal, abriu uma janela para a comunidade internacional conhecer o que realmente aconteceu em Xinjiang, oeste da China.
Segundo o relatório de pesquisa, a alegação de que a China deteve milhões de uigures em sua região de Xinjiang é repetida no ocidente com crescente frequência, mas pouco foi investigado. No entanto, um olhar mais atento a esta alegação e como ela foi obtida revela uma séria deficiência de dados, pois embora seja tratada como inatacável no Ocidente, ela é, de fato, baseada em duas “investigações” altamente duvidosas.
A primeira, conduzida pela Rede Chinesa de Defensores dos Direitos Humanos, apoiada pelo governo dos EUA, formou sua estimativa entrevistando um total de apenas oito pessoas.
A segunda baseou-se em relatos e especulações frágeis da autoria de Adrian Zenz, um cristão fundamentalista de extrema-direita que se opõe à homossexualidade e à igualdade de gênero, além de apoiar a “palmada bíblica” nas crianças e acreditar que ele é “liderado por Deus” em uma “missão contra a China”.
A pesquisa de Ajit Singh e Max Blumenthal descobriu que enquanto Washington aumentava a pressão sobre a China, Zenz foi retirado da obscuridade e transformado quase da noite para o dia em um especialista em Xinjiang. Ele testemunhou perante o Congresso e deu comentários em veículos como Wall Street Journal. Mas Zenz chegou à sua estimativa “superior a 1 milhão” baseando-se em um único relatório da Istiqlal TV, uma organização de mídia uigur exilada com sede na Turquia.
O texto publicado pelo Grayzone é extremamente precioso, pois quase todas as imprensas ocidentais difamam a China. O artigo revelou também que a Rede Chinesa de Defensores dos Direitos Humanos recebe significativo apoio financeiro justamente do National Endowment for Democracy (NED), organização dedicada a lançar “revoluções de cor” no mundo inteiro.
No caso de Adrian Zenz, ele é um pesquisador da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo, entidade que tem forte laço com a Agência Central de Inteligência (CIA). Ele mesmo admitiu que sua estimativa sobre Xinjiang é “especulativa”.
A mentira é como uma bolha de sabão. Ela estoura quando é tocada.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Erasto Santo Cruz