Tragédia de Essex: preconceito não esconde fatos

Published: 2019-11-02 20:01:32
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A polícia de Essex emitiu uma declaração na noite do dia 1º de novembro sobre a investigação dos 39 mortos encontrados num caminhão no dia 23 de outubro, dizendo “estar convicta de que as vítimas são cidadãos vietnamitas”.

Há dez dias, a tragédia de Essex chocou o mundo todo. Quando a comunidade internacional se lamentava sobre as 39 vidas perdidas, alguns canais da imprensa ocidental não esperaram a hora de divulgar que os falecidos eram imigrantes ilegais da China. A surpresa foi ainda maior quando o correspondente da emissora CNN na China, David Culver, levantou-se na coletiva de imprensa convocada pela chancelaria chinesa em 25 de outubro para fazer uma pergunta inadequada. “Ao longo dos 70 anos da Fundação da Nova China, o país alcançou tantos êxitos e progressos, por que é que os chineses fugiram dessa maneira extremamente perigosa?”, perguntou o correspondente. A “pergunta manipuladora” de Culver mostrou que, antes de receber as informações verdadeiras, a CNN já havia lançado para cima da mesa a resposta de sua imaginação: a tragédia só ocorreria na China sob a liderança do Partido Comunista da China.

Ao longo dos anos, certas mídias ocidentais, incluindo a CNN, têm seguido uma lógica: os problemas da China não são meros problemas, mas sim o pecado original da China. A lógica é uma reflexão do preconceito ideológico sobre a diferença de sistemas sociais. Nos seus valores, esse preconceito ultrapassa de longe a justiça e a objetividade que as imprensas devem defender. Não foram poucos os exemplos na história de cobertura da CNN. Em 28 de agosto deste ano, a polícia de Hong Kong convocou uma coletiva para esclarecer a cobertura falsa feita pela CNN de que “a polícia de Hong Kong arremessou bombas de gasolina contra os manifestantes”. No vídeo original se vê nitidamente que foram os manifestantes que atiraram bombas contra a polícia. As imagens, no entanto, foram mudadas intencionalmente pela CNN. Após a denúncia da polícia, o vice-presidente e responsável pelo gabinete de Hong Kong da emissora, Roger Clark, reconheceu os erros e pediu desculpas à polícia de Hong Kong.

Respeitar os fatos e eliminar os preconceitos constituem as responsabilidades naturais dos veículos de comunicação. Porém, as práticas de algumas mídias ocidentais, incluindo a CNN, geraram nas pessoas um grande ceticismo sobre o slogan de “objetividade e justiça” pelo qual conclamam em alta voz. Caso fosse objetiva e justa, como foi possível manipular os fatos com tanta ousadia? Caso fosse objetiva e justa, como pôde ultrapassar os fatos e colocar com o preconceito acima de respostas? Segundo um comentário do Diário Lianhe Zaobao da Cingapura, após a ocorrência da tragédia, a CNN duvidou quase que institivamente o desenvolvimento chinês, destacando o preconceito da imprensa ocidental.

O filósofo iluminista francês Voltaire disse: “O preconceito é a razão dos tolos”. Em relação à “pergunta manipuladora” e à “reportagem falsa” da CNN, gostaríamos de aconselhar que, antes de criticar os outros, que se verifique bem os fatos em mãos, não deixando mais os olhos tampados pelo preconceito e não fazendo mais a ignorância a se tornar em má fé.


Tradução: Laura

Revisão: Gabriela




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