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Falando de cultura tibetana, o que lhe vem à cabeça? Palácio Potala? templos budistas? danças tibetanas? a pintura Thangka? ou os artesanatos coloridos vendidos nas ruas de Lhasa?
Como todas as culturas de longa história no mundo, com a modernização da sociedade, a cultura tibetana enfrenta um desafio de proteção e continuidade. A comercialização e a industrialização são realmente um presente ou uma maldição? No programa de hoje, especialistas da cultura tibetana dão suas opiniões.
A cultura tradicional tibetana é uma parte esplêndida e importante da herança da província de Qinghai, onde o povo tibetano representa pelo menos um quarto de sua população total. Regong, no distrito de Tongren de Qinghai, é famosa por industrializar e comercializar a arte tradicional tibetana nos últimos anos. Seus principais produtos são Thangka, um trabalho de pintura e bordado budista. Estas obras de arte são vendidas não só para outras províncias, mas para outros países também.
Muitos especialistas concordam que a comercialização é a melhor e mais eficiente maneira de preservar as culturas tradicionais e passá-las para as gerações mais jovens. No entanto, nem todas as formas tradicionais de arte são viáveis comercialmente. Deng Fulin, diretor do Gabinete do Patrimônio Cultural Imaterial do Departamento de Cultura, Publicações e Imprensa de Qinghai, explica:
"Os diferentes patrimônios culturais intangíveis têm características diferentes. Alguns têm enorme potencial de mercado e outros não, por exemplo, Thangka é facilmente apreciada por todos, como uma pintura, mas para a literatura tradicional, como a epopeia de Rei Gesar e o drama tibetano, as pessoas que não entendem a língua tibetana têm dificuldade em apreciar e aceitá-la. "
O Mestre da escultura tibetana de manteiga, Luo Zang Ang Xiu, concorda com Deng Fulin. Ele é também o chefe do Comitê Administrativo do Mosteiro Kubum, onde as melhores esculturas de manteiga tibetanas são feitas todos os anos, Luo Zang Ang Xiu diz:
"Ficaríamos muito felizes de ver as esculturas de manteiga serem vendidas aos visitantes e fiéis como lembranças. Por um lado, poderíamos usar o dinheiro como subsídio para atrair jovens monges a estudar esta forma de arte. Por outro lado, é uma boa promoção quando os visitantes levam as esculturas para suas cidades natais. O problema é que a escultura de manteiga não pode se tornar lembranças no momento, uma vez que devem ser conservados em condições muito frias, para não derreter. Nós esperamos realmente que os cientistas possam ajudar-nos a resolver este problema."