cultura1209b |
Na cidade de Qingyuan da província de Guangdong, sul da China, está localizada uma escola de educação especial, internato que atende crianças e adolescentes com deficiências auditiva e mental. Com o financiamento total do governo local, a escola recrutou até agora 382 alunos, cujas idades variam de sete a 22 anos.
Quando o nosso repórter se encontrou com Liang Tao, que estuda na escola de educação especial de Qingyuan, o jovem de 19 anos mostrou suas obras de pintura apenas com o acompanhamento de seu pai. No entanto, após passar algum tempo com o repórter, ele se comunicou emocionalmente pela mímica e mostrou cenas da participação nos jogos esportivos na escola, tirando da mochila as fotos uma após a outra.
Na conversa, Liang Tao, otimista e animado, parece ser igual a qualquer outro jovem sem deficiência auditiva. O pai dele, Liang Zhiping, sentado ao lado, traduzindo as palavras do filho ao repórter e, ao mesmo tempo, olhando o filho com carinho e consolação.
"Após frequentar essa escola, aconteceu-lhe grandes mudanças. Agora, ele sabe lavar roupa e cozinhar, ajudando a fazer trabalhos domésticos em casa. Além disso, ele possui cada vez mais autoconfiança. No passado, não queria se comunicar com outros. E agora, melhorou muito. Acho que os professores da escola são ótimos, ensinando meu filho com muito amor."
O reitor da escola, Yan Zhanbiao, disse que a escola se divide em dois departamentos, um de audição e outro de mentalidade. Segundo ele, a escola não apenas ensina conhecimentos culturais, mas também oferece treinamentos de recuperação e a formação de habilidades profissionais.
"No departamento de audição, a educação é quase igual à educação convencional, pois alunos não têm deficiência mental. A única diferença é que nossos professores ensinam pela mímica. No departamento de mentalidade, a maioria de nossos alunos tem deficiência de escala pequena ou média. Então, nós priorizamos a formação dos comportamentos e hábitos dos alunos. E o treinamento de recuperação é dedicado exclusivamente para alunos com autismo."
Chen Caidi, aluna de nove anos do departamento de audição, tinha frequentado a escola convencional. Sendo perguntada como é a vida nessa escola, ela repetiu pela mímica uma palavra que é alegria.
"Fico contente, pois os professores nos amam. Fico contente ao correr ou dançar com meus colegas. Fico contente também ao pintar."
Na Escola de Educação Especial de Qingyuan, a percentagem dos alunos com deficiência mental é relativamente alta e lhes falta a capacidade de auto-atendimento. Por causa disso, as aulas de adaptação à vida são a prioridade no programa educacional da escola. As crianças devem aprender de início as coisas consideradas simples pelas pessoas comuns. E nesse processo, podemos imaginar a paciência e a persistência dos dedicados professores. Zhai Yu que ensina matemática disse:
"Agora, estou ensinado os alunos a contagem de números até 20. Ainda ensino-os a conhecer o dinheiro, as notas e as moedas, e também como fazer compras. O processo, claro, é longo. Você tem que ter muita paciência, habituando-se ao fato de que os alunos avançam devagar em certa etapa, até ficam parados. Para ser um professor como eu, você deve manter uma atitude mais ativa, aberta e otimista."