De acordo com a cultura tradicional chinesa, a Lua carrega as emoções humanas. O mito e a filosofia da antiguidade do país explicam porque os chineses gostam da Lua. Em contos antigos, a fada Chang'e vivia na Lua com o cortador de madeira, Wu Gang, e seu coelho de jade predileto.
A Menina – Chang'e
A história ocorreu aproximadamente no ano de 2170 a.c. Naquele tempo, a Terra tinha dez sois circulando por volta dela e cada um deles iluminava a Terra em ordem. Mas, um dia, os dez sois apareceram juntos, queimando a Terra com seu calor. A Terra foi salva por um deus muito hábil em arco e flecha, mas muito cruel. Seu nome era Hou Yi. Ele colocou abaixo nove desses sois e a Terra voltou ao normal. Um dia, Hou Yi roubou o elixir da vida de uma deusa para se tornar imortal. Entretanto, sua bela esposa, Chang'e, descobriu o plano do marido e tomou o elixir sem que ele soubesse, com o intuito de resgatar o povo do regime tirânico de seu companheiro. Depois de tomá-lo, Chang'e voou para a Lua. Hou Yi amava tanto sua esposa que não teve coragem de atirar seu arco contra a Lua. Assim, Chang'e se tornou a deusa lunar.
O cortador de madeira – Wu Gang
Wu Gang foi um aluno indolente que mudava de ideia o tempo todo. Um dia, ele decidiu que queria ser imortal e foi morar em uma montanha. Lá, importunou um imortal para ensiná-lo o segredo. No início, o imortal o ensinou sobre as ervas para curar as doenças, mas, depois de três dias, a inquietação característica de Wu voltou e ele pediu para aprender coisas novas. Então, o imortal começou a ensinar xadrez. Porém, de novo, Wu perdeu o entusiasmo em pouco tempo. O imortal deu ao menino livros sobre a imortalidade e, sem dúvida, Wu ficou aborrecido em poucos dias. O imortal acabou ficando zangado com a impaciência de Wu e enviou o menino para o Palácio da Lua, dizendo que ele deveria cortar uma árvore altíssima antes de poder voltar à Terra. Embora Wu Gang trabalhasse todos os dias, a árvore mágica se recuperava rapidamente e nunca caía.