Civilização Inca marca presença na Expo Mundial de Horticultura de Xi'an
  2011-07-06 09:12:25  cri

No programa Viagem pela China de hoje, vamos visitar o Pavilhão da Bolívia no Parque da Expo Mundial de Horticultura de Xi'na, e conhecer um pouco melhor essa cultura tão longínqua e misteriosa.

Todos os visitantes do Pavilhão da Bolívia são recepcionados por um portal de pedra grande e antigo, que na parte transversal superior abriga a figura do Deus do Sol. Eles estão diante do famoso patrimônio boliviano, a Porta do Sol. O design do pavilhão, Diego Chuquimia, nos contou que a Porta do Sol representa a civilização nativa indígena, tida como o tesouro cultural mais glorioso da região montanhosa dos Andes.

"A Bolívia é um país multiétnico e multicultural. A essência da nossa exposição é a cultura e arte tradicional da região dos Andes. Desejamos que mais pessoas conheçam essa civilização nativa e contribuam com a preservação dela."

De acordo com Diego Chuquimia, a Porta do Sol desempenhou um papel de contador do tempo no passado. Os incas, mestres em astronomia, concluíram que a Terra demorava 365 dias e 6 horas para dar uma volta completa em torno do Sol. Com base nisso, criaram o calendário solar. A Porta do Sol é o exato testemunho do calendário inventado pelo povo Inca. Todos os anos, quando da chegada do equinócio da primavera, o primeiro raio de sol atravessa a porta de forma certeira, razão pela qual ela foi apelidada de Porta do Sol.

Ao cruzar a porta, você vai esquecer que está numa cidade oriental movimentada e se sentir às margens do lago Titicaca, a 3 mil metros de altitude. Dentro do quiosque feito de junco há uma exposição com fotos da paisagem natural da Bolívia. A porção de água ao lado simboliza o lago sagrado dos incas, o Titicaca. No meio das águas, flutua o barco Totora, também feito de junco. Dizem que a durabilidade desse barco é de apenas um ano, já que depois desse prazo ele é completamente encharcado. Os antigos incas costumavam enterrá-lo ou abandoná-lo no lago. Dessa forma, o barco transformava-se em nutrientes para a terra, realimentando os juncos. Esse processo se parece ao que chamamos hoje de "reciclagem verde". O respeito à Natureza e a utilização racional dos recursos pelo povo inca é exatamente a ideia que o Pavilhão da Bolívia pretende difundir, a de coexistência harmoniosa entre Homem e Natureza. Diego disse:

"Acho que o ser humano e a Natureza devem coexistir harmoniosamente. A Natureza nos dá vida. Nós devemos respeitar o ambiente, não feri-lo."

Além da civilização inca, no Pavilhão da Bolívia é possível apreciar apresentações de música folclórica indígena interpretada por instrumentos tradicionais e modernos. Para a Bolívia, a Expo Mundial de Horticultura de Xi'an é mais do que um palco para mostrar sua história e cultura. Trata-se de uma plataforma de intercâmbio com outros países. É por isso que um dos objetivos do país é trocar com a China experiências na área de proteção ambiental. Diego disse:

"Desejo muito compartilhar experiências sobre proteção ambiental com a China e com outros países aqui em Xi'an, pois o Globo é de toda a humanidade. Somente quando todos os países atuarem, a proteção do meio ambiente terá um desenvolvimento sustentável."

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