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Desde o mês de janeiro deste ano, o preço de imóveis das principais cidades da China aumentou consecutivamente, e mais regiões revelaram a mesta tendência. Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (18), pela Administração Estatal de Estatísticas da China, o preço de imóveis das 68 cidades de tipo grande e médio aumentou em Março, em relação ao mês de fevereiro deste ano. Em dezembro de 2012, o preço subiu em 54 cidades.
O vice-diretor da Sociedade de Imóveis da China, Chen Guoqiang, anunciou numa entrevista à imprensa, que devido ao vácuo político e aos pensamentos de "pegar o último ônibus", as demandas do setor apareceram em conjunto e levaram os preços dos imóveis a atingir um novo pico, nas principais cidades da China, em março. Ele acredita que o aumento do preço das casas irá desacelerar em algumas cidades, ainda durante este mês.
Chen Guoqiang indicou, que de acordo com os padrões do setor dos imóveis, divulgados pelo governo, o crescimento do investimento, das vendas e do volume de negócio já se reduziu. "Isto representa que os dados sobre o preço dos imvóveis, que se reflectem posteriormente, também vão diminuir", apontou Chen.
Segundo a opinião do responsável da Administração Estatal de Estatísticas da China, Liu Jianwei, o pico no mercado imobiliário em março deveu se a condições excepcionais. Ele apontou que março é um período em que as vendas sempre sobem, devido a anteceder a divulgação das "cinco novas cláusulas" sobre compra de imóveis. Os potenciais compradores têm receio que os custos aumentem e, portanto, as vendas de imóveis sempre disparam. Como resultado, os vendedores imobiliários cancelam as políticas de promoção e aumentam os preços.
Liu Jianwei analisou que cidades como Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen divulgaram artigos detalhados sobre a coordenação e controle do mercado imobiliário, e publicaram metas para controlar os preços. As políticas de "limitação das compras", e de créditos diferenciados para os compradores de casas continuam. As políticas de coordenação e controle deste mercado estão-se tornando cada vez mais transparentes, acrescentou Liu.
De fato, os negócios no setor imobiliário apresentaram uma redução desde o início de abril. Em Beijing, por exemplo, e segundo os dados de uma empresa imobiliária, 2845 casas foram negociadas durante a segunda semana do mês, uma queda de 20% em relação à última semana de Março, quando as novas cláusulas ainda não tinham entrado em vigor.
Liu Jianwei disse ainda que com as novas políticas, o preço de imóveis poderá estabilizar em abril. No entanto, Chen Guoqiang avisou que a queda do mercado imobiliário é difícil de prever. Ele acrescentou que devido à dificuldade em conciliar interesses, o mercado encontra-se instável. As novas cláusulas poderão trazer ainda mais incertezas.
Existe ainda a preocupação de que algumas cidades não adoptarão todas as cinco novas cláusulas, e que o efeito dessas políticas será limitado pelos governos locais. Ao responder, Chen Guoqiang ressaltou que em cidades como Beijing e Shanghai, os artigos serão seriamente cumpridos, e que os negócios do setor imóvel irão apresentar uma queda acentuada a partir de abril, o que pode servir como exemplo para outras cidades.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: João Pimenta