O presidente da Síria, Bashar al-Assad, analisou no último domingo (6) a situação interna do país e formulou a proposta de resolver a crise síria através de um diálogo nacional. A declaração foi feita no seu discurso de TV.
Durante o discurso de uma hora, Bashar pediu que os países que apóiam a oposição síria parem de oferecer financiamento e armas para esses grupos. Ele apelou para que as partes conflitantes estabeleçam um cessar fogo para que os refugiados possam voltar para casa.
Bashar al-Assad propôs reiniciar um diálogo nacional para encontrar uma solução para o conflito. Ele ainda apelou para a realização de eleição parlamentar para formar um governo ampliado, que represente o povo sírio.
Segundo as informações de Reuter, os oposicionistas sírios responderam que eles não aceitam as novas propostas, a não ser que Bashar al-Assad deixe o cargo. O vice-presidente da Coalizão Nacional para Revolução e Forças de Oposição da Síria, George Sabra, assinalou que o núcleo do discurso não é nada "inovador". O discurso é uma declaração para "continuar a reprimir o povo sírio e continuar no poder político".
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, ressaltou que as iniciativas de Bashar estão separadas da realidade e prejudicam os esforços do enviado especial da ONU e Liga Árabe para Síria, Lakhdar Brahimi. Ela reiterou que Bashar tem de renunciar para acabar com os conflitos e realizar a transição.
A comissária da União Europeia para os assuntos diplomáticos, Catherine Ashton, afirmou que estará atenta aos "elementos novos" do discurso de Bashar. Entretanto, ela enfatizou que Bahsar al-Assad tem de deixar o cargo e realizar a transição política.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: José Medeiros da Silva