Um agente de ligação dos advogados japoneses que defendem as vítimas informou à Xinhua que iniciarão os procedimentos de apelação nos próximos dias. Um representante das vítimas se encontra em Tóquio fazendo lobby entre os legisladores japoneses.
O Tribunal Superior de Tóquio ratificou a decisão de um tribunal de primeira instância que rejeitou o pedido de indenização das vítimas e negou a responsabilidade do governo de recolher as armas pois não há informação detalhada sobre a localização das mesmas.
O vazamento ocorrido em 2003 na cidade de Qiqihar feriu mais de 40 pessoas e causou a morte de uma mulher. O governo japonês concordou em pagar 300 milhões de ienes (US$ 3,85 milhões) para a eliminação das armas químicas abandonadas.
No entanto, as vítimas estão pedindo indenização por seus gastos médicos. Eles disseram à Xinhua que vivem angustiados desde que foram afetados pelo vazamento.
Niu Haiying está debilitada, enquanto seu filho não está bem, disse Hao Yanzhi, marido dela. Ela está recebendo tratamento médico no hospital.
Yang Shumao, vítima do distrito de Sanhe de Qiqihar, disse que sempre sofre com dores depois do incidente.
Qiqihar é o local onde estavam as armas químicas do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Nos últimos anos, foram encontradas com frequência armas abandonadas pelas tropas japonesas, o que é uma ameaça para a população local.
Chi Susheng, um advogado da cidade e legislador nacional, disse que as decisões dos tribunais japoneses são ridículas e ele continuará oferecendo ajuda e apoio às vítimas.
por Agência Xinhua