A China e a Rússia estão prontas para se beneficiar da entrada histórica da Rússia no grupo comercial, segundo economistas.
"Graças a sua afiliação à OMC, as políticas comerciais da Rússia se tornarão mais transparentes e as medidas de liberalização comercial terão avanços, o que ajudará a promover o comércio bilateral", disse Zhang Jianping, pesquisador econômico da Academia de Pesquisa sobre Macroeconomia da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o principal planejador econômico da China.
Segundo protocolos da OMC, a taxa geral da tarifa russa deverá cair para 7,8% a partir dos 10% do ano passado. Sua tarifa de produtos agrícolas deverá cair para 10,8% de 13,2%. O país também baixará as tarifas de importação e exportação para mais de um terço das mercadorias, com mais ajustes nos próximos três anos.
Hoje o volume do comércio entre a China e a Rússia é baixo. Dados das alfândegas mostram que o valor comercial total entre as duas economias atingiu US$ 79,25 bilhões em 2011, enquanto o comércio bilateral entre a China e a União Europeia chegou a US$ 567,21 bilhões e o comércio entre a China e os Estados Unidos registrou US$ 446,65 bilhões.
A redução das tarifas é a condição chave para a entrada da Rússia na OMC, mas também é o maior interesse dos exportadores em outros países, segundo empresários chineses do setor de automóveis.
A Rússia deverá diminuir sua tarifa de importação sobre novos sedans para 25% a partir de 30% nos primeiros três anos, que deverá cair gradualmente cerca de 15% até 2019. Os produtores chineses de automóveis, incluindo a JAC Motors e a Great Wall Motors, estão buscando possibilidades para entrar mais no mercado russo. As exportações do Great Wall Motors para a Rússia chegou a 20 mil unidades no ano passado, segundo uma reportagem na edição de quinta-feira do Shanghai Securities News.
Analistas disseram que a afiliação da OMC significa que a Rússia também torna-se mais aberta ao investimento estrangeiro, o que criará mais espaço para o investimento chinês.
por Xinhua