Criticar a China não resolverá crise de débito, diz ministro do Comércio chinês
  2011-11-04 19:59:37  cri
O ministro do Comércio da China, Chen Deming, enfatizou nesta sexta-feira que a China está se esforçando para reequilibrar o comércio global através do aumento da demanda doméstica e redução das licenças e tarifas de importação.

Chen fez a declaração em um artigo publicado no jornal Daily Telegraph do Reino Unido, dizendo que as tentativas de alguns países de criticar a China em questões de comércio e moeda ao politizar problemas econômicos e usar o protecionismo comercial não ajudarão a resolver suas disputas internas.

"Especialmente, eles ignoraram nossos esforços para expandir importações, prejudicaram a confiança do mercado global e criaram uma sombra negra sobre as esperanças de recuperação da economia mundial", escreveu no artigo.

À medida que a China implementa uma estratégia mais proativa para abrir sua economia, suas importações superarão US$ 1,7 trilhão este ano, e totalizarão US$ 10 trilhões nos próximos cinco anos, afirmou Chen.

"Esperamos que outros países possam adotar uma visão de longo alcance e uma atitude mais aberta, participar mais da cooperação e parceria, envolver-se menos em culpar terceiros, e trabalhar conjuntamente para superar as dificuldades atuais", destacou no artigo.

De acordo com Chen, as importações chinesas subiram 23,3% entre 2008 e 2010, formando um mercado de US$ 1 trilhão para o resto do mundo. Ao mesmo tempo, seu superávit comercial contraiu-se de quase US$ 300 bilhões no período de pico em 2008 para US$ 107,1 nos primeiros três trimestres de 2011, diminuindo sua porcentagem no Produto Interno Bruto de 6,5% para 2,2%.

A China é agora o maior mercado de exportação do Japão, República da Coreia, Sul da Ásia, Brasil e África do Sul, e o segundo maior mercado de exportação para a União Europeia e o terceiro maior para os Estados Unidos, segundo Chen.

Para muitos negócios americanos e europeus, os pedidos chineses ajudaram a restaurar sua produção depois da crise financeira, e colocar seus funcionários de volta ao mercado de trabalho, sublinhou o ministro.

por Xinhua

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