Já faltam pouco tempo para o dia 2 de agosto, prazo limite para os EUA chegarem a um acordo sobre o aumento do teto da dívida do país. O impasse ainda segue nas negociações entre a Casa Branca e o Congresso sobre o problema. No caso de fracasso de negociações, não apenas a população americana será afetada, também a economia global se tornará vítima da luta dos políticos norte-americanos. Os EUA devem assumir as responsabilidades de uma potência no que diz respeito à crise de dívidas.
O presidente norte-americano, Barack Obama, qualificou essa crise como "jogo político perigoso". Porque os EUA ousam em um jogo perigoso ignorando os interesses de todo o globo? Porque após a guerra fria, os EUA se tornaram um país de hegemonia global, que se considera "líder" nos assuntos internacionais e alega promover "a paz, a estabilidade e a prosperidade do mundo". Porém, a crise financeira com origem em Wall Street não apenas abalou a posição hegemônica dos EUA, mas também prejudicou todo o mundo. E o governo norte-americano não pode escapar de ser culpado disso. O país negligenciou a supervisão financeira. E, mesmo após a crise, os EUA não tem coragem de admitir o erro, e nem determinação para corrgi-lo. Ainda por cima, o país tentou se esquivar da responsabilidade a pretexto de "desequilíbrio da economia mundial". Para estimular a economia e livrar-se da crise, o governo de Obama tem adotado uma política financeira deficitária, agravando o déficit do país, que já é colossal. O Federal Reserve, que é o banco central do país, promulgou políticas monetárias afrouxada na primeira e na segunda fases, tentando transferir a crise para outros países através de "monetização de dívidas". Isso fez com que todo o globo arcasse com a crise americana.
Diante da recessão de seu poderio, os EUA não param de tentar fugir da sua responsabilidade como uma grande nação. Ao mesmo tempo, eles exigem que as nações emergentes, inclusive a China, atuem como "potências com responsabilidade". Assim, eles tentam constrangir a China para que o país asiático arque com a crise criada por eles. A intenção é também conter a abertura do mercado e o comércio equilibrado da China, para assim promover a recuperação econômica dos EUA e a criação de empregos.
Um ditado chinês diz que as pessoas não podem ficar sem credibilidade, porque uma nação entrará recessão sem crediblidade. Como superpotência, a economia dos EUA tem um grande peso na economia mundial. E a credibilidade da dívida dos EUA influencia a confiança do mundo em relação aos EUA. Portanto, para reconquistar a confiança do mundo, republicanos e democratas precisam chegar a um acordo sobre as dívidas o quanto antes.
De um ponto de vista de longo prazo, para ser uma potência com responsabilidade, os EUA devem acelerar a transformação econômica e reforçar a responsabilidade fianceira. Além disso, devem empenhar-se no aumento de impostos, no corte de despesas e no aumento de depósitos. Isso, porém, pode mudar radicalmente o atual modelo de consumo e o modo de vida do Estado e da população. Além disso, os políticos americanos precisam reconsiderar os defeitos do modelo de sistema democrático norte-americano.
(por Sônia Qiu)