Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde, e o tema da data este ano é "Combate à resistência microbiana: nenhuma ação hoje, nenhuma cura amanhã". Hoje em Beijing, a Organização Mundial da Saúde (OMS), junto com o Ministério da Saúde da China, realizaram uma reunião para promover o uso racional de antibióticos. Segundo informações, o Ministério da Saúde da China vai tomar medidas ou organizar campanhas de conscientização sobre o tema.
Nos últimos anos, o uso indiscriminado de medicamentos em todo o mundo vem aumentando em taxa, frequência e volume, ajudando a disseminar diversas bactérias resistentes, e se tornando uma preocupação para a saúde pública. O vice-ministro da Saúde da China, Ma Xiaowei, salientou que o uso excessivo de antibióticos traz consequências graves.
"Antibióticos são um tipo de medicamento amplamente usado nos consultórios. Porém, com o uso em diversas áreas como saúde, agricultura e pecuária, a resistência de bactérias aos medicamentos também aumenta constantemente e já aparecem bactérias multirresistentes em alguns países e regiões. Assim, os seres humanos enfrentam mais uma vez uma ameaça de pandemia global."
Segundo Ma, o governo chinês sempre deu atenção à questão do uso racional de medicamentos e o Ministério da Saúde tomou uma série de medidas para enfrentar o uso indiscriminado. Ele apontou:
"O ministério já estabeleceu a rede nacional de supervisão do uso de antibióticos nos consultórios, uma rede de supervisão de bactérias resistentes e o sistema de supervisão do uso racional de medicamentos, a fim de reforçar a fiscalização e prevenção na área. Além disso, o ministério ainda organiza várias frentes nacionais para aumentar o conhecimento e a capacidade dos profissionais de saúde e garantir a segurança do uso de medicamentos dos pacientes."
As medidas tomadas pelo ministério chinês incluem a restrição ao direito dos médicos de receitar antibióticos, o reforço da fiscalização e da punição para profissionais que receitam os remédios e a divulgação de informações sobre o volume e frequência do uso.
O membro da Comissão Especial sobre Uso Racional de Medicamentos do Ministério da Saúde e professor do 1º Hospital Complementar da Universidade de Zhejiang, Xiao Yonghong, acha que tais medidas ajudam a resolver a questão. Mas para ele, o mais importante será estabelecer um mecanismo eficaz e de longo prazo.
"O governo deve classificar os medicamentos. E, com relação às diversas classificações, os médicos devem ter direitos distintos de receitá-los. Isso é um método vigente no mundo, também um meio eficaz para evitar o uso indiscriminado de antibióticos. Medidas como o reforço da administração, supervisão e inspeção de entidades hospitalares, claro, conseguem efeito em curto prazo. Mas, para um resultado a longo prazo, é melhor incentivar a participação de médicos e pacientes."