A Tokyo Electric Power (Tepco) declarou nesta segunda-feira (28) que foram encontradas grandes quantidades de elementos radioativos na água de alguns reatores da Usina de Fukushima. Até o momento, as águas com alto nível de contaminação não foram despejadas no mar. No entanto, o Japão ainda não tem uma solução para eliminar a água dos reatores.
Ainda nesta segunda-feira, a Tepco analisou a concentração de radioatividade Plutonium na área da Usina de Fukushima. Especialistas garantem que o volume do material detectado não afeta à saúde humana, mas a Comissão de Segurança Nuclear do Japão considera o acidente grande e grave.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, propôs a convocação de uma conferência internacional sobre segurança nuclear. Segundo Amano, o principal objetivo do encontro será encerrar a crise. Paralelamente, a reunião focará nas lições a serem aprendidas e nos caminhos para fortalecer a reação internacional em caso de novos acidentes nucleares.
Nesta terça-feira (29), o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou que o país está passando pela maior crise de sua história. Kan disse que ainda é difícil analisar a situação na central nuclear de Fukushima Daiichi, e que o governo tem como prioridade o enfrentamento do problema.
O segundo lote de materiais de resgate enviado pela China ao Japão chegou na noite desta segunda-feira (28) ao Aeroporto Internacional de Narita. Além disso, 20 mil de toneladas de combustível devem ser enviadas ainda hoje.
A Polícia japonesa divulgou que, até às 18h desta terça-feira (29), o terremoto seguido de tsunami, havia provocado a morte de 11.102 pessoas e o desaparecimento de outras 16.493.
Renato Lu