Os protestos na Líbia chegaram ontem (21) à capital Trípoli e já ameaçam o presidente Moamer Kadhafi, que declarou na madrugada desta terça-feira, via televisão estatal, ainda estar no país.
Prédios da sede do governo, rádio e TV estatal foram incendiados. Os manifestantes já têm o controle da segunda maior cidade do país, Benghazi. Ao pedido do vice-embaixador da Líbia junto às Nações Unidas, Ibrahim Dabbashi, o Conselho de Segurança (CS) da ONU irá realizar às 9h de 22 de fevereiro, horário do Leste dos EUA, uma discussão a portas fechadas sobre a situação no país.
A comunidade internacional está preocupada com a tensão na região. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, telefonou ontem (21) para Kadhafi e pediu a ele que o conflito seja controlado e que o governo respeite os direitos dos cidadãos. As diversas partes devem realizar diálogos em breve.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Ma Zhaoxu, afirmou hoje em Beijing que China está atenta à situação na Líbia e que torce pelo restabelecimento da estabilidade social e da ordem. Ma acrescentou que o governo chinês tomará as medidas necessárias para proteger cidadãos, órgãos e propriedades chinesas na Líbia.
O presidente chinês, Hu Jintao, e primeiro ministro Wen Jiabao exigiram dos departamentos responsáveis que zelem pelos cidadãos e propriedades chinesas no país em crise. Um grupo de emergência do foi estabelecido pelo Conselho de Estado chinês para organizar e coordenar a segurança e retirada dos chineses na Líbia.
A tensão na Líbia elevou o preço do barril de petróleo para US$ 105 na Intercontinental Exchange (ICE), enquanto a onça do ouro ontem estava sendo vendida a US$1,4 mil.
Por Xia Ren