Um atentado suicida ocorreu ontem (24) no aeroporto internacional de Domodedovo, em Moscou, capital da Rússia. Segundo dados oficiais, o ataque deixou 35 mortos e cerca de 180 feridos. O presidente russo, Dmitry Medvedev, afirmou que este foi um atentado terrorista.
A explosão aconteceu na saída do salão de desembarque do aeroporto. Segundo as testemunhas, após a explosão, o salão ficou cheio de fumaça e muitas pessoas caíram no chão com sangue no corpo.
A comissão de investigação da Rússia afirmou ter descoberto três suspeitos que entraram no salão de desembarque por entradas que não possuíam sensores de metal. Após analisar os vestígios da explosão, os investigadores consideram que se trata de um atentado suicida. As autoridades de segurança já começaram a perseguir os três suspeitos.
Até agora, nenhuma organização ou indivíduo admitiu a autoria do atentado. Porém, analistas consideram que o atentado foi realizado por organizações extremistas do Cáucaso do Norte. O especialista em questões relacionadas à Rússia da Academia de Ciências Sociais da China, Jiang Yi, compartilha da mesma opinião:
"Analisando os meios e motivos, essa explosão é semelhante a de outros atentados ocorridos em diversos lugares da Rússia. Por isso, as forças extremistas do Cáucaso do Norte não vão escapar da responsabilidade do atentado."
Após o atentado, o presidente russo chegou imediatamente ao aeroporto e reuniu-se com responsáveis encarregados pela segurança. Ele exigiu a adoção de medidas de emergência em aeroportos e importantes pontos de transporte do país e a disposição de tropas de segurança em locais-chave.
A comunidade internacional condena veementemente o atentado terrorista. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que esta é uma ação horrível de violência contra civis. O Conselho de Segurança da ONU reiterou a determinação no combate ao terrorismo de qualquer forma sob o quadro da Carta da ONU. O presidente chinês, Hu Jintao, destacou que o país condena qualquer ação terrorista e apoia as medidas adotadas pelo governo russo para contê-las. Hu ainda falou em reforçar as cooperações com a Rússia para manter a paz e estabilidade na região e no mundo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, repudiou o atentado e ofereceu apoio à Rússia. O presidente da Comissão Europeia também condenou o atentado e disse que a UE quer oferecer apoio tecnológico à Rússia.
O especialista chinês, Jiang Yi, analisou que o atentado não vai afetar a situação política interna da Rússia:
"Nos últimos anos, os atentados terroristas têm sempre acompanhado o processo de desenvolvimento político da Rússia. Pode-se dizer que a sociedade russa, inclusive todas as forças políticas, estão preparadas tanto no aspecto psicológico como político. Por isso, o atentado de ontem não exercerá muita influência no desenvolvimento político do país."
(por Shi Liang)