Foi realizado no último dia 9 o referendo na região do sul do Sudão. O chefe da delegação de observadores chineses para o assunto, Luo Xiaoguang, expressou o desejo de que a votação fosse realizada em um ambiente de paz, justiça, liberdade e transparência, dizendo que a China quer promover ainda mais a paz do país africano.
A convite das partes norte e sul do Sudão, o governo chinês enviou uma equipe de 15 observadores para acompanhar a consulta popular. Eles foram divididos em três grupos, em três locais de trabalho, na capital nacional, Cartum, na capital da Região do Sul, Juba, e em outra cidade no sul, Wau. Após alguns dias de visita, Luo considerou que o ambiente de votação estava tranqüilo e estável:
"Chegamos a Juba no primeiro dia do referendo e inspecionamos dezenas de postos de votação. Vi que a população local é muito disposta a participar e o processo de votação transcorreu com tranquilidade. Desejo que o evento possa terminar com sucesso nos próximos dias."
Segundo o Acordo de Paz Completa, assinado em 2005 por duas partes sudanesas, o referendo vai decidir pela integração ou independência da Região do Sul. O observador chinês reiterou que a China dispensa sempre muita atenção à relação com Sudão, e quer ajudar na concretização do acordo de paz. Ele disse:
"O referendo é uma etapa muito importante para concretizar o Acordo de Paz Completa. Queremos uma votação de credibilidade e que possa refletir a vontade real da população local. Nesse caso, o resultado da votação deve ser aceito por todas as partes."
Ainda de acordo com Luo, seja qual for o resultado, a China vai continuar desenvolvendo a amizade tradicional e cooperação com as duas regiões do país africano. Ele ainda revelou que Beijing ofereceu ajuda para a realização do referendo:
"Para mostrar a sinceridade de apoio à votação, o governo chinês ofereceu US$ 500 mil em dinheiro e US$ 30 mil em materiais. Espero que com o apoio chinês, o referendo possa ser finalizado com tranqüilidade."
Cerca de 15 mil observadores sudaneses e 1,2 mil representantes de outros países, instituições internacionais e ONGs acompanham de perto o processo de referendo, para garantir a justiça e transparência. Luo disse:
"desde o primeiro dia da nossa chegada ao Sudão, nos comunicamos com outros grupos de observadores, incluindo os da ONU, da União Africana, Liga Árabe, entre outros. Quase todos acham que a votação deve ser realizada com liberdade, justiça e paz, e que o país mantém a estabilidade."
(por Dong Jue)