A Marinha de Israel abriu fogo na madrugada de ontem (31 de maio) contra embarcações de ajuda humanitária que se encontravam no mar da Faixa de Gaza, o que provocou fortes críticas da comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU realizou ontem à tarde uma reunião emergencial para discutir o incidente.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, divulgou uma declaração condenando o ataque de Israel às embarcações que transportavam artigos de ajuda e pedindo investigações sobre o incidente. Ele ainda exigiu a Israel e à Palestina que se contenham e mantenham contato com as partes envolvidas.
A Liga Árabe criticou veementemente na declaração divulgada o ataque de Israel, dizendo que esta "ação terrorista" é um menosprezo das leis internacionais e dos direitos humanos.
Diversos setores da Palestina expressaram condenações a Israel. O presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mohammed Abbas, anunciou três dias de luto pelas vítimas no ataque.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia afirmou que o ataque de Israel contra embarcações nas águas internacionais viola leis internacionais e que a Turquia critica fortemente esta ação que poderá causar consequências irreversíveis às relações bilaterais.
Além disso, vários países como Turquia, Jordânia, Egito e Suécia pediram que seus embaixadores em Israel voltassem para seus respectivos países.
A pedidos da Turquia, Líbano e Palestina, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião emergencial para discutir o ataque de Israel. O conselheiro da delegação chinesa na ONU, Yang Tao, apontou que a China se surpreendeu com o incidente e apoia a ONU na tomada de ações o mais rápido possível.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Ma Zhaozu, afirmou hoje (31) que a China critica esta ação da Marinha israelense e pede a Israel que aplique resoluções da ONU para melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza.
O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou ontem por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentando o ataque contra embarcações de ajuda humanitária.