Arqueólogos da Província de Shaanxi, noroeste da China, anunciaram esta quarta-feira que encontraram uma "geladeira" primitiva com uma história de pelo menos 2 mil anos nas ruínas da residência de um imperador.
A "geladeira", encontrada no distrito de Qianyang, continha diversos anéis de argila de 1,1 metros de diâmetro e 0,33 metro de altura, precisou Tian Yaqi, pesquisador do Instituto Provincial de Arqueologia de Shaanxi.
"Os aros se uniam para formar um coluna de aproximadamente 1,6 metros de profundidade", acrescentou Tian.
O conduto foi descoberto a cerca de três metros de profundidade dentro das ruínas de um edifício antigo que, segundo os especialistas, serviu como residência temporária do imperador durante a Dinastia Qin (221-207 a.C.).
Tian e seus colegas acreditam que a coluna deve ser uma "adega de gelo" ("ling yin" em chinês), um receptáculo utilizado na China antiga para manter os alimentos frescos durante o verão.
Segundo um poema incluído no "Livro de Canções", uma coleção de poesias compostas no período entre a Dinastia Zhou do Oeste (século XI-771 a.C.) e o Período da Primavera e Outono (770-475 a.C.), os alimentos guardados no "ling yin" podiam ser mantidos frescos por três dias.
Tanto a coluna quanto a residência, que ocupa uma área de 22 mil metros quadrados, foram descobertos primeiro por moradores locais em 2006 durante um projeto de construção. O lugar foi protegido imediatamente pelas autoridades locais.
As pesquisas sobre a "geladeira" começaram em março deste ano e foram concluídas na semana passada.
(Agência Xinhua)