O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, viajou hoje (16) rumo a Copenhague, a convite do premie dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, para participar da reunião de dirigentes que será realizada durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Segundo o vice-chanceler chinês, Wang Guangya, o primeiro-ministro chinês fará um discurso enfatizando a posição do país e seus esforços pela cooperação internacional no combate às mudanças climáticas.
Depois de cerca de 10 dias de consultas e negociações, a Conferência de Copenhague sobre as Mudanças Climáticas entrou na sua etapa final, e a reunião de dirigentes que começa amanhã torna-se essencial porque os representantes dos países presentes, incluindo o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, vão expor suas posições e opiniões.
"Trata-se de uma reunião de suma importância para a cooperação internacional no combate às mudanças climáticas. A presença do primeiro-ministro chinês no evento demonstra a grande atenção dada pelo governo à questão. E a sua postura positiva e ativa mostra a determinação, a confiança e a vontade política do governo chinês em contribuir para a proteção do clima global", analisou Wang Guangya.
Segundo Wang, a China espera que a Conferência de Copenhague obtenha resultados em três aspectos: determinar os índices de redução de emissões para os países industrializados na segunda fase do Protocolo de Kyoto; garantir que os países industrializados cumpram seus compromissos de fornecer ajuda financeira, transferência tecnológica e capacitação de pessoal aos países em desenvolvimento; e determinar que os países em desenvolvimento, quando receberem a ajuda prometida, tomem as medidas adequadas, dentro de suas limitações, para estabelecer o desenvolvimento sustentável.
"Todas as delegações, incluindo a delegação chinesa, pediram que a Conferência feche um documento com conteúdos essenciais e força restritiva". Tal observação foi feita pelo chefe da delegação na Conferência de Copenhague e sub-diretor da Comissão Estatal para o Desenvolvimento e Reforma da China, Xie Zhenhua, no último domingo.