Kung Fu é uma cena clássica do filme do Bruce Lee, sendo um dos símbolos culturais mais representativo da China, transmitido para todo mundo através da imigração dos chineses e pelos sucessos do cinema. As artes marciais da China se desenvolveram muito em cada canto do planeta. Elas utilizam uma maneira especial de transmitir a cultura tradicional da China para os estrangeiros. Até mesmo no Brasil, esse país sul-americano distante mais de dez mil quilómetros da China, essa arte criou raízes.

O Kung Fu da China entrou no Brasil em 1960 e manteve sempre uma tendência estável de desenvolvimento. Em 1986, Chen Weiguo, um maestro chinês, levou uma equipe brasileira para participar pela primeira vez de um campeonato mundial de Kung Fu na Turquia. Isso abriu a porta do Kung Fu do Brasil para as outras partes do mundo. Desde então, o país passou a figurar como um dos membros mais importante no mundo do Kung Fu.

Hoje em dia, o Brasil tem mais de 10 mil atletas de Kung Fu registrados. Em 1992, o país estabeleceu a sua confederação nacional de Kung Fu, em São Paulo. Atualmente, todas as 27 unidades da federação do país já contam com a sua própria confederação. Todos os anos, o país organiza um campeonato nacional para selecionar cerca de 200 atletas, os mais excelentes, que vão representar o país nas competições internacionais. Rodriguez Silva foi um dos vencedores do campeonato nacional. Bei Shaolin e Tai Chi são dois tipos de artes marciais que ele praticava. Na preparação para o campeonato internacional na Turquia, junto com o seu companheiro na China, ele compartilhou a sua historia com o Kung Fu.

As pessoas que acabaram entrando pelo lado de arte marcial chinês é através do filme,do cinema, desde de criança, assisti muito filme chinês, , por que eu sempre gostei desde criança, não só da arte marcial, mesma da cultural, gosto muito de alimentação, da filosofia assim. É isso mesmo que me atraiu, desde criança, já queria pratica o Kung Fu , só que meus pais não deixava, falava que é violente, mas quando já foi atingindo a mais idade,a minha mãe acabou a liberado eu fiz uma aula que ela viu é super legal, eu já apaixonei, e falei não é isso mesmo.

Agora, a sua vida já não pode ficar sem o Kung Fu. No processo de prática, Rodriguez Silva obteve ainda um entendimento especial sobre a diferença entre esses dois tipos de Kung Fu. A compreensão dessas particularidades é muito difícil para um estrangeiro.

Na verdade, o estilo Shaoling do Norte é externo, força, explosão, velocidade, o Tai Chi já é mais suável, mas eu acho que assim, na verdade, se você poder conciliar os dois estilo,tanto externo, quando interno, você só tem que melhorar dentro dos dois estilos, por que é . Quando você precisa ter explosão, ter velocidade , quando velocidade , quando você precisa de se calmar Tai Chi também te ajuda muito.

A filha de Cristiana Oliveira vai representar também o Brasil no campeonato mundial deste ano. Neste momento, ela está a acompanhar aqui na China sua filha na preparação para a competição. Ela compartilhou conosco sua opinião sobre o fato de ter a sua criança participando de uma competição de Kung Fu.

Eu acho que assim, é um caminho, o melhor que o jovem tem, o esporte, então eu procurei a incentivar e ajudar quando ela precisa, quando conhecia, não sabia muito como ela, mas acho que Wushu traz muitos benefícios para pessoas, não só com atletas, mas com pessoas também. Isto é importante não só forma que ela praticava aqui, também para o dia dia.

Gomes dos Santos também é parente de um atleta. Além do mais, ele também é atleta e presidente da confederação de Kung Fu do Estado de Mato Grosso. No ano passado, ele ajudou a organizar o primeiro campeonato mundial de Kung Fu no Brasil. Ele falou assim sobre sua iniciativa para organizar o evento.

Nós fizemos o primeiro campeonato internacional de Wushu no Brasil, onde teve a presença de vários países, um dos melhores que a gente pode levar, foi a China para competir com agente no Brasil. É isto que a gente sempre faz, uma forma de melhorar é levar o Wushi para o Brasil, como já teve vários brasileiros que vêm pra a China, pra poder treinar o Kungfu, a verdadeira arte. A gente sempre está procurando isso, e assim vai desenvolver e melhorar Wushu no Brasil também.

Na ocasião, encontramos também com o presidente da Confederação Brasileira de Kung Fu, Marcus Vinicius. Na oportunidade, ele nos fez um relato sobre a situação geral do desenvolvimento do Kung Fu no Brasil.

Atletas federados ou seja registrados nas federações, aqueles que participam de competição, cerca de 10 mil. Mas praticantes, aqueles que participam também para saúde e não necessariamente participar de competição, o número é bem maior, mais de cem mil praticantes. Temos também o tradicional, Chuantong Wushu, temos o Shuaijiao, e temos também, o que a gente chama desses estilos internos, Taiji, Xieyi, Bagua. Então, temos competições desses cinco departamentos. Uma vez por ano nós fazemos o nosso campeonato nacional, geralmente entre setembro e novembro. Participam cerca de 700 atletas. Mas para eles poderem chegar no campeonato brasileiro, em cada estado promove seu próprio selectivo. Então, cada federação estatual organiza a sua selectiva para decidir quais atletas que vão representar o estado no campeonato brasileiro. Hoje o Brasil conta com 27 estados e a confederação brasileira tem 25 federações estatuais afiliadas, ou seja nós temos representar assim quase todo território nacional.

Marcus pensa que o grande desenvolvimento de Kung Fu tem uma ligação forte com a essência da cultura chinesa.

O WuShu é uma arte marcial muito rica e muito envolvente. Então, quando você tem contacto com essa arte marcial, não tem como não se apaixonado por ela e não se envolver. E a partir desse primeiro envolvimento, começo gerar outros interesses como conhecer o país, conhecer o país de origem, conhecer a China, conhecer o idioma, conhecer cultura chinesa. Por um lado, a gente vê aí Wushu, tentando pleiteando se é uma modalidade olímpica, e por outro lado você vê que é uma arte milenar e que por trás isso tem muita cultura, muito ensinamento. Como eu falei a partida do primeiro contacto assim do praticante com arte marcial, ele começa a se interessar e quer conhecer um pouco mais. Isso não vai, por exemplo, no Brasil, muitos praticantes de Gongfu Wushu, têm interesse em aprender a língua, o Mandarim. E muitos também têm interesse em conhecer o país de origem, visitar a China, Então eu acho que uma coisa vai puxando a outra. Eu acho que o mais importante aqui o praticante de Gongfu, primeiro, ele começa praticar disciplina. Então, ele começa a desenvolver algumas coisas muito importantes para o se humano, como boa conduta, ser uma pessoa disciplinada, que se preocupa com o próximo. Então, eu acho que ele se torna num ser humano mais íntegro. Prática de Wushu, por exemplo, o Taiji, que é uma das modalidades, faz o praticante ficar uma pessoa mais equilibrada, dominar mais as suas emoções, se conhecer melhor, e se auto-conhecimento. Eu acho que é muito importante na evolução como se humano.

A grande paixão dos brasileiros pelo Kung Fu promove sem dúvida o nível competitivo do país. Durante jogos olímpicos de 2008 em Beijing, a seleção brasileira ganhou medalhas nos eventos de Tao Lu e San Da, este foi o único país do continente americano que conquistou este efeito.

O grande desenvolvimento do Kung Fu do Brasil tem uma ligação forte com o apoio da China. O intercâmbio na área entre os dois países foi estabelecido em 2010. A Confederação Chinesa de Kung Fu, enviou pela primeira vez dois técnicos para o Brasil, oferecendo ajuda para a seleção brasileira que iria participar do campeonato na Turquia. Além disso, a China fornece também apoio na área de formação de quadros e no fornecimento de equipamentos.

Kung Fu é um esporte nacional da China. O grande apoio da China ajuda muito o desenvolvimento do Kung Fu no Brasil. Na entrevista para a CRI, Marcus Vinicius, presidente da Confederação Brasileira de Kung Fu, revelou ainda que a China irá criar neste ano um centro de treinamento de Kung Fu no Brasil. Segundo ele, isso vai gerar uma grande influência para o Brasil e até mesmo para a toda a América Latina.

Nós temos uma pretensão agora de tentar junto com a associação chinesa de Wushu a construir um centro de treinamento internacional de Wushu no Brasil, ele vai logicamente ajudar muito desenvolvimento do técnico dos atletas brasileiros, mas também vai ajudar desenvolver a modalidade em toda América do Sul. Na verdade, essa parceria vai funcionar assim, nós vamos ter que conseguir um local e eles vão nos ajudar com todos os equipamentos e os treinadores, eles vão mandar técnico chinês para lá, e nós temos que arrumar um local para instalar tudo isso. E agora, eles definiam que vai ser no Brasil, por que eles estavam pesquisando em que país eles iria instalar este centro de treinamento, eles definiram agora que é o Brasil, e assim que eu volto, vou ter algumas reuniões para definir em que local, mas provávelmente no estado de São Paulo.

O Kung Fu tem alcançado um grande desenvolvimento no Brasil e até mesmo em todo mundo, mas o presidente da Confederação Brasileira de Kung Fu revelou que o esporte, por ainda não ser um esporte olímpico, não pode obter um apoio suficiente por parte do governo, o que limita a prática dessa atividade esportiva fora da China.

Hoje, a confederação mais forte que tem de arte marcial no Brasil, é a confederação arte marcial de Judô, a confederação brasileira de Judo tem muitos apoios do governo, o judo já faz uma parte dos jogos olímpicos, então, a confederação brasileira de Judô tem muito apoio do governo, e o Brasil possui vários campeões mundiais no Judo. Então, no caso de Wushu, a gente encontra dificuldades, por que Wushi ainda não faz parte dos jogos olímpicos, o Wushu ainda não está incluindo nos jogos sul americanos, nem nos jogos olímpicos, então por não faz parte do programa olímpico, a gente não receber recurso e apoio do nosso comitê olímpico nacional, eu acho que essa campanha para Wushu ingressar nos jogos olímpicos é muito importante, e assim, se agente consegue o êxito nessa missão, agente vai conseguir apoio mais substancial do governo e do nosso comitê olímpico nacional.

A cada ano, a Confederação Brasileira de Kung Fu pretende enviar um grupo de atletas para a China, além de participar de diversas competições. A Confederação Chinesa de Kung Fu também vai organizar atividades e ajudar para que esses atletas conheçam mais sobre a cultura e a língua chinesa. Marcus demonstrou que está disposto a acompanhar a organização dessas atividades, pois isso é uma boa oportunidade para promover seu entendimento sobre o espírito do Kung Fu praticado na China. Para a maioria dos membros da seleção de Kung Fu, o Templo de Shaolin, é o lugar que desperta grande interesse, pois esse é um lugar simbólico sempre presente nos legendários filmes de Kung Fu Chinês.