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Antes da visita do premiê chinês, Li Keqiang, à Alemanha, nos dias 31 de maio e primeiro de junho, o embaixador da China no país, Shi Mingde, afirmou à nossa reportagem que o objetivo da viagem é explorar novas áreas de cooperação bilateral.

Os dois países estabeleceram as relações diplomáticas 45 anos atrás. O embaixador Shi Mingde disse ter testemunhado o desenvolvimento do relacionamento bilateral até agora.

"Durante os 45 anos, as relações sino-alemãs, tem mantido, em geral, um desenvolvimento estável com êxitos notáveis, especialmente nos últimos anos. Após 2014, quando os dois governos decidiram estabelecer uma parceria estratégica integral, a cooperação bilateral obteve grandes avanços em diversas áreas. O mais importante desta visita de Li Keqiang é definir novas áreas de cooperação entre os dois países."

Segundo o embaixador chinês, em meio à situação complicada enfrentada pela Europa, a terceira visita do premiê chinês, Li Keqiang, à Alemanha tem um importante significado para o desenvolvimento das relações bilaterais. Esta é, também, uma oportunidade para ambos emitirem um sinal em promoção da globalização econômica, da liberalização comercial e da facilitação de investimento.

Durante a visita, Li Keqiang vai discutir com dirigentes da Alemanha sobre o Artigo 15 do Protocolo de Adesão da China à OMC. Shi Mingde salientou que os membros da OMC devem suspender o uso de "país substituto" na investigação de antidumping contra a China, o que é um dever também para a União Europeia e a Alemanha.

"Por um lado, a UE e a Alemanha devem cumprir os deveres da OMC, quer dizer, honrar o artigo 15. Isso é muito importante. Por outro lado, queremos resolver disputas comerciais, com base no respeito mútuo e diálogo, em pé de igualdade. Tomada de ação unilateral ou adoção do protecionismo não favorece nenhuma parte. Não podemos negar o fato de que os passos de abertura da China se tornam cada vez maiores."

Shi Mingde disse que, atualmente, há mais de 8.200 empresas alemãs que fazem negócios na China, enquanto cerca de 2.000 empresas chinesas estão atuando na Alemanha. Fatos como faturamento das empresas alemãs na China e benefícios levados pelas empresas chinesas à Alemanha verificam que a ampliação da cooperação é o meio correto para concretizar o benefício recíproco.

Segundo o embaixador chinês, o mundo tem espaço de mercado suficiente para o desenvolvimento comum dos dois países. Em função disso, a China e a Alemanha devem inovar tanto nas concepções e nos mecanismos de cooperação para criar uma "versão atualizada" da cooperação sino-alemã.

(tradução: Shi Liang  revisão: Diego Goulart)