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O Departamento de Comério dos EUA divulgou recentemente os dados sobre a relação comercial entre a China e os EUA, revelando que em fevereiro deste ano, a importação de produtos da China pelos EUA caiu para 32,8 bilhões de dólares, uma redução de 20,8% em comparação com os dados de janeiro e o recorde mais baixo na história. Ao mesmo tempo, em fevereiro, o déficit comercial sino-norte-americano continuou em 2,3 bilhões de dólares. Contudo, as estatísticas publicadas pelo Ministério do Comércio da China mostraram que a exportação chinesa para os EUA caiu 4,2% em comparação com o mesmo período em 2016, e o superávit da China foi de 10,42 bilhões de dólares. Acerca disso, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Sun Jiwen, afirmou que o superávit não é o objetivo da China.
"Os fatores fundamentais que influenciam o desequilíbrio comercial entre a China e os EUA é a diferença das estruturas econômicas, a competitividade industrial e a divisão industrial internacional. Agora, a responsabilidade do superávit comercial entre os dois Estados é considerada da China, mas de fato, os benefícios adquiridos pelos dois países são equilibrados e mutuamente vantajosos."
O porta-voz da Administração General da Alfândega da China, Huang Songping, apontou que os dados mostraram que existe grande superávit entre a China e os EUA, mas este resultado é um superávit nominal. Isto se deve ao fato de que boa parte deste superávit é composto de transferências externas das indústrias de outros países, onde a China apenas realiza a produção das mercadorias. Além disso, a China encontra-se do meio ao fim da cadeia industrial global, por isso, o lucro da manufatura não é alto. No entanto, a balança comercial dos manufaturados é calculada com o valor total, pois no comércio internacional, a renda real não atinge o valor do superávit calculado. Huang Songping acredita que se deve tratar a questão do desequilíbrio comercial entre China e EUA com uma visão objetiva e racional.
"O comércio de manufatura ocupa apenas um terço do comércio total entre China e EUA, logo este setor não pode explicar toda a balança comercial entre os dois países. Por exemplo, os EUA restringiram a exportação de produtos de alta tecnologia chineses, o que também foi uma das causas do superávit."
Quanto às soluções para a questão, Sun Jiwen espera que os EUA possam relaxar o controle exercido sobre a exportação.
"A China pode ampliar as suas importações dos EUA de acordo com as necessidades do mercado doméstico, e também espera que os EUA possam reajustar as políticas de exportação para a China, suspendendo as restrições, para criar condições favoráveis para resolver o superávit."
Tradução: Nina Niu; Revisão: Layanna Azevedo