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O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou nesta quarta-feira (15) que a China vai manter o crescimento econômico em velocidades média e alta, sendo ainda um importante motor do crescimento global.
Na entrevista coletiva concedida após o encerramento da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), máximo órgão legislativo, Li Keqiang respondeu a perguntas sobre temas nacionais e internacionais.
Como a segunda maior economia do mundo, a China definiu a meta de crescimento econômico em 6,5% para 2017. O premiê considera ser uma meta não muito fácil de alcançar, levando em consideração o grande volume econômico chinês.
"Se alcançarmos a meta de crescimento deste ano, o tamanho da expansão será maior que o crescimento do ano passado. Isso significa um aumento baseado no PIB de mais de 74 trilhões de yuans, equivalente a US$ 11 trilhões, que criará 11 milhões de empregos. Além disso, o crescimento de 6,5% não significa que a contribuição do país para o mundo irá diminuir. A China continua sendo um importante motor para o crescimento mundial em meio à fraca recuperação econômica global."
Nos últimos quatro anos, a China manteve um crescimento econômico médio-alto, criando mais de 50 milhões de novos empregos urbanos. Por esta razão, Li Keqiang pediu que analistas parem com as previsões de aterrissagem forçada da economia chinesa.
Li Keqiang disse ainda que a China não espera aumentar as exportações desvalorizando a moeda, nem deseja uma guerra comercial com outros países. Segundo ele, a taxa de câmbio do yuan, moeda chinesa, vai permanecer estável.
O premiê chinês ainda manifestou a confiança de que a China pode criar empregos através de oportunidades oferecidas pelo novo ímpeto de crescimento, empreendedorismo e atividades de inovação. A China não terá nem permitirá o desemprego em massa de determinados grupos neste ano, acrescentou.
Em relação à globalização econômica, Li Keqiang confirmou a posição chinesa de defendê-la e apoiar o livre comércio.
"A China, como muitos outros países, é uma beneficiária da globalização, pois o país tem expandindo constantemente sua abertura. A China abrirá cada vez mais amplamente sua porta. E o povo chinês entende que o país deve agarrar as oportunidades de globalização através da abertura, independentemente dos desafios existentes."
O premiê ainda revelou na coletiva à imprensa que as autoridades diplomáticas da China e dos Estados Unidos estão se comunicando sobre um encontro entre os dois presidentes. Ele manifestou-se otimista com que os laços bilaterais continuem avançando numa direção positiva, mas confessou haver divergências em questões como emprego, taxa de câmbio e segurança.
(tradução: Shi Liang revisão: Rafael Fontana)