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Dias atrás, o conjunto composto por três bolsas de valores chinesas, a Companhia Limitada de Investimento China-Paquistão e o Habib Bank Limited (HBL) assinaram um acordo de aquisição de ações com a Bolsa de Valores do Paquistão. Segundo o entendimento, o conjunto possuirá 40% das ações, das quais 30% pertencerão às bolsas chinesas de valores, e outras 10% serão divididas igualmente pela Companhia Limitada de Investimento China-Paquistão e HBL. A aquisição se trata de um grande investimento das instituições financeiras chinesas no exterior. É ainda o primeiro investimento da China em bolsa de valores no país dentro do projeto "Um Cinturão e Uma Rota", que promoverá a cooperação econômica e financeira entre China e Paquistão.
O mercado de ações do Paquistão teve um desempenho satisfatório em 2016. O porta-voz da Comissão Reguladora de Valores da China, Deng Ge, considera que a aquisição por três bolsas chinesas de valores injetará nova liquidez e trará experiências de gestão para a bolsa paquistanesa. Com isso, o governo paquistanês poderá lançar derivados financeiros, enriquecendo o mercado econômico do país.
Segundo Deng, "As três bolsas de valores da China adquiriram 30% das ações da bolsa paquistanesa. Esse investimento pode ampliar a cooperação econômica e financeira entre os dois países e promover a implementação da estratégia de Um Cinturão e Uma Rota e o plano de construção do Corredor Econômico China-Paquistão. Tudo isso reforçará a amizade tradicional entre os povos chinês e paquistanês."
A aquisição da bolsa paquistanesa é de grande significado em termos de fornecer apoio financeiro para a implementação de Um Cinturão e Uma Rota. Yang Xiyu, pesquisador da Academia Chinesa de Questões Internacionais, indicou que as finanças são a base para promover a construção de infraestruturas e outros projetos.
Para Yang Xiyu, "A iniciativa de Um Cinturão e Uma Rota é impossivelmente de ser implementada sem apoio finançeiro. Tanto as ferrovias de alta velocidade como o comércio perderão a base de desenvolvimento se faltar o financiamento."
Durante o processo de implementação da iniciativa, o Fundo Rota da Seda criado pela China e instituições financeiras como o Banco Asiático de Investimento em Infra-Estrutura, proposta pela China e criada conjuntamente por 57 países, têm desempenhado um papel indispensável. Até o momento, o investimento real do Fundo Rota da Seda já atingiu cerca de US$4 bilhões. O presidente do Conselho da Silk Road Fund Co. Ltd., Jin Qi, afirmou que o primeiro projeto foi o investimento na usina hidrelétrica paquistanesa.
Jin ressaltou que "O Paquistão é gravemente escasso em eletricidade e por isso apoiamos a construção da usina hidrelétrica. Podemos com isso ajudar o país a resolver o problema da falta de eletricidade. Levamos em consideração os benefícios tanto econômicos como também sociais. A nossa companhia opera conforme as regras de mercado. Não somos um fundo de doação. Queremos também receber o retorno de investimento."
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Tatiana Molina