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As áreas desertificadas da China estão reduzindo progressivamente, informou a Administração Nacional de Recursos Florestais do país nesta segunda-feira. Segundo o vice-diretor do órgão, Zhang Yongli, a China, um dos países mais atingidos pela desertificação e arenização, nunca parou seus esforços no combate ao problema. A China desenvolveu uma série de trabalhos para proteger e restaurar as florestas, como o famoso programa florestal Sanbei.

De acordo com Zhang Yonli, os resultados de monitoramento indicam que, em comparação com 2009, as áreas de desertificação e arenização em 2004 tiveram uma queda de 12 mil quilômetros quadrados e 9 mil quilômetros quadrados, respectivamente. "O grau de desertificação e de arenização está evoluindo de nível grave extremo para leve. Também houve melhora na vegetação e nas condições meteorológicas nas regiões de areia. A cobertura vegetal aumentou por 0,7 ponto percentual, enquanto o número de dias com ventanias de areia caiu 20,3%", disse.

A desertificação é um problema ecológico na escala mundial. A China possui oito desertos e quatro regiões de areia. A área de terra desertificada chegou a atingir mais de 2,6 milhões de quilômetros quadrados. Já as áreas de areia somaram 1,7 milhão de quilômetros quadrados, representando um quinto da área total do território do país. A severa situação exige medidas eficazes e adaptáveis à realidade de cada região.

A Região Autônoma da Mongólia Interior é uma das regiões que sofrem mais com a influência da desertificação. O vice-presidente da Mongólia Interior, Wang Yuming, afirmou que desde 2000 o governo local havia destinado 110 bilhões de yuan para a silvicultura, conseguindo reduzir 30 mil quilômetros quadrados da terra desertificada, e 1,2 mil quilômetros quadrados das áreas arenizadas. Ao falar da experiência no combate à desertificação, Wang ressaltou a importância de prevenção e a proteção rígida.

"Proibimos rigorosamente o pastoreio na região de projeto ecológico nacional, zona gravemente arenizada e de alta vulnerabilidade ecológica", afirmou.

Em setembro desde ano, a cidade de Ordos, no norte da China, vai sediar a 13ª Conferência da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Um dos temas do evento é planejar as metas e ações concretas para os países e realizar a meta da ONU de "degradação zero da terra até 2030".

O representante do Ministério das Relações Exteriores da China, Gou Haibo, disse que a realização da conferência ajuda a comunidade internacional a entender melhor os esforços feitos pela China no combate à desertificação. "Ao mesmo tempo, oferecerá também uma oportunidade para que os chineses aprendam com as experiências exteriores, conscientizando a população sobre a importância da prevenção e o tratamento da desertificação."

Tradução: Laura

Revisão: Rafael