O valor total da importação e exportação da China nos primeiros dez meses deste ano somou 19,56 trilhões de yuans, registrando uma queda de 1,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mês passado, o volume do comércio exterior do país foi de 2,05 trilhões de yuans, diminuindo 0,6% em relação a outubro de 2015, conforme os últimos dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega da China.

À medida que a exportação da China está passando por uma recessão contínua, a importação do país segue crescendo. Especialistas apontam que a situação do comércio exterior da China apresenta poucos sinais de recuperação. O vice-diretor do Instituto de Mercado Internacional da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica do Ministério do Comércio da China, Bai Ming, analisou que influenciadas pela economia mundial fraca e demanda doméstica reduzida, o quadro de importação e exportação do país não está otimista.

"O comércio exterior da China ainda continua no ziguezague. A situação pode ser boa por um ou dois meses e de repente piorar por um determinado tempo. Isso foi resultado de fatores tanto externos quantos internos. A economia mundial ainda não assegurou a tendência de recuperação e a adoção do protecionismo é frequente. Nós enfrentamos uma pressão cada dia maior no mercado internacional. Dentro do país a competitividade tradicional enfrenta crescente desafio, sobretudo a escalada contínua dos custos de mão de obra. As novas vantagens comerciais ainda não se formaram, enquanto as tradicionais estão cada vez mais enfraquecidas."

Conforme as informações da Administração Geral de Alfândega da China, a proporção do comércio geral aumentou e a do comércio de processamento diminuiu. A importação e exportação da China com União Europeia, Associação de Nações do Sudeste Asiático e Japão expandiram, enquanto as com os EUA reduziram. O volume de importação de matérias-primas, como minério de ferro, petróleo bruto e bronze, registrou crescimento, ao mesmo tempo em que os preços dos principais produtos importados caíram. A pesquisadora adjunta do Instituto de Mercado Internacional da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica do Ministério do Comércio da China, Xiao Xinyan, analisou a situação.

"Desde 2011, a proporção do comércio geral no comércio exterior da China tem sido acima de 50%. O peso do comércio de processamento teve uma queda contínua. Os preços das matérias-primas voltaram a subir em março, o que ajudou no incremento do volume de importação. A expansão da importação nos últimos meses também se atribuiu às medidas adotadas pelo governo chinês para estabilizar o crescimento e reajustar a estrutura econômica."