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Foi encerrada nesta segunda-feira na cidade chinesa de Hangzhou a 11ª Cúpula do G20. O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, que acompanhou o presidente brasileiro na Cúpula, realizou uma pesquisa sobre o mercado chinês. Ele defendeu que a cooperação agrícola entre os dois países possui um significado estratégico.

Sendo o membro do G20 e uma das novas economias do mundo, o Brasil deve se recuperar o mais cedo possível da crise econômica, indicou o ministro. Segundo ele, o crescimento agropecuário é um dos principais motores para a recuperação do país. Porém, a expansão da produção agrícola está restringida pela exploração de novos mercados.

"Podemos duplicar a nossa produção em pouco tempo sem explorar a floresta Amazônica. Nós podemos duplicar, mas precisamos de mercado. O Brasil é uma potência econômica na agricultura e também na indústria. Tenho certeza que o meu setor, que é o setor agropecuário pode contribuir, e que mais rapidamente contribuirá para o Brasil sair da crise econômica que se encontra."

Além de participar da Cúpula, a visita de Blairo Maggi teve outro motivo, pesquisar profundamente o mercado chinês e aprender com a experiência chinesa de desenvolvimento. O ministro defendeu que a expansão da cooperação com a China no setor agrícola é a direção correta para o desenvolvimento do Brasil.

"O que me impressionou são as dezena de milhares de pessoas envolvidas num processo produtivo. Começa lá no Brasil nas fazendas, passando pelo transporte, rodoviário, ferroviário, e chega até aqui na China onde é distribuído de mão em mão, de mesa em mesa para as pessoas. É um processos gigantesco. Saber disso nos estimula porque a gente percebe que é uma demanda bastante grande por produtos, produtos de qualidade com preços competitivos."

Blairo Maggi éconhecido como "rei da soja" e foi por duas vezes governador do Mato Grosso, um grande estado agrícola do Brasil. Segundo ele, o Brasil, onde 61% das terras ainda são cultiváveis, possui um grande potencial de comércio com o mercado chinês.

"À medida que a China vai mudando sua política, para se tornar num país mais industrial, nós podemos ocupar esses espaços. Por isso estas viagens são tão importantes para que a gente possa demonstrar a potência que o Brasil tem."

De acordo com Maggi, sua expectativa não se restringe ao mercado chinês, mas também a cooperação tecnológica no setor agrícola.

"A China está avançando na biotecnologia, que trabalha no campo da inovação da agricultura. É muito importante que nós possamos ter acesso a essa tecnologia também."

Tradução: Laura

Revisão: Denise