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Estudiosos chineses e norte-americanos realizaram ontem (5) um simpósio para discutir a questão do Mar do Sul da China. O evento foi organizado pelo Instituto de Chongyang para Estudos Financeiros da Universidade de Renmin da China e Fundo Carnegie para a Paz Internacional dos EUA e abordou a visão da China e dos EUA e as possíveis soluções para este caso.
Na ocasião, o ex-conselheiro de Estado chinês, Dai Bingguo, afirmou que a China vai lutar por sua soberania e não aceitará nenhuma resolução por terceiros. Ele advertiu que o "veredito" a ser anunciado em breve sobre o Mar do Sul da China será "meramente um pedaço de papel".
Em seu discurso temático, Dai Bingguo descreveu a recente tensão no Mar do Sul da China como "atípica" e disse que é preciso considerar todos os fatores para estabelecer um posicionamento correto.
"Eu notei que a maioria das reportagens e comentários sobre a questão do Mar do Sul da China não conseguiu definir um panorama completo sobre o assunto. Acho que os estudos sobre uma questão internacional como esta devem ser baseados nos fatos e levar em plena consideração o contexto histórico e internacional, além de dar a devida atenção às interações entre as partes envolvidas. Só isso pode proporcionar um conhecimento integral do caso e obter conclusões corretas."
Dai Bingguo assinalou que os materiais históricos da China e de muitos países ocidentais podem comprovar que os chineses foram os primeiros a descobrir, nomear e explorar as Ilhas do Mar do Sul da China. O governo chinês foi o primeiro que exerceu a soberania e administração de forma pacífica.
Após a Segunda Guerra Mundial, as Ilhas de Nansha foram devolvidas à China, o que representou parte do arranjo da ordem internacional e do território. Durante muito tempo depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA continuaram reconhecendo e respeitando a soberania chinesa sobre as Ilhas de Nansha. A soberania chinesa na região está protegida pelas leis internacionais e pela Carta das Nações Unidas.
Dai Bingguo disse que nas últimas décadas, a situação no Mar do Sul da China estava estável de modo geral. Apesar das recentes turbulências, a China nunca deixou de defender a solução pacífica das disputas por meio de negociações.
"Foi o governo chinês que propôs "o desenvolvimento conjunto deixando as divergências de lado". A China persiste na solução pacífica das disputas através de negociações e no controle dos conflitos com base nas normas e mecanismos concernentes, além de assegurar a liberdade de navegação e aérea na região."
O vice-presidente do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, Douglas Paal, apontou que as partes interessadas devem trabalhar para amenizar a tensão e que os EUA e a China têm muito a fazer nesta área.
"É preciso acalmar todas as partes via esforços diplomáticos e transformar os conflitos em cooperações e a hostilidade em oportunidades."