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O tribunal de arbitragem de Haia, que foi estabelecido no dia 29 de junho por exigência unilateral das Filipinas, anunciou recentemente que divulgará o "veredito final" sobre o caso do Mar do Sul da China. A China declarou que não aceitará, nem reconhecerá a arbitragem do tribunal.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou que o país apoia a resolução pacífica desta disputa, incluindo o uso de mecanismos jurídicos internacionais como a arbitragem, que corresponde aos interesses norte-americanos.
A afirmação norte-americana contraria a declaração dos EUA de se posicionar sobre a disputa na questão do Mar do Sul da China, feita em 2014. O vice-diretor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade de Renmin da China, Jin Canrong, afirmou que os EUA cometerão um erro estratégico se confrontarem a China sobre o Mar do Sul.
De fato, os EUA têm mantido uma postura aparentemente neutra neste caso. Contudo, a interferência norte-americana constitui um dos maiores impulsionadores da escalada da tensão no Mar do Sul da China. Jin Canrong afirmou:
"Os EUA estão muito apreensivos que a China controle o Mar do Sul, após concluírem que isto pode prejudicar seus interesses estratégicos, especialmente o monopólio comercial da China no Oceano Índico e Pacífico e o bloqueio da comunicação aérea e marítima entre as ilhas Guam e Diego Garcia, sem contar a expansão dos submarinos nucleares chineses na região. Tais fatores, podem de fato preocupar, mas não é realmente um grande problema. Se os EUA não ameaçassem por meios militares, a China poderão não procuraria a militarização no Mar do Sul da China, e sim investiria mais em serviços públicos internacionais na região. No entanto, o comportamento norte-americano está forçando a China a aumentar sua defesa."
A Agência Xinhua divulgou ontem (3) um texto dizendo que os recursos e as calúnias dos EUA contra a China são mera manipulação para defender os ''interesses nacionais''. Isso reflete o receio dos EUA perante um país que está se desenvolvendo pacificamente e uma região que está cada vez mais unida e independente do imperialismo norte-americano. Para Jin Canrong, os EUA estão cometendo um erro estratégico.
"Francamente, a China possui vantagem caso haja um possível confronto. Geograficamente, o Mar do Sul da China está próximo do território chinês. Além disso, o poderio militar da China está se desenvolvendo mais rápido do que o dos EUA. A China vem desenvolvendo sua defesa desde o bombardeio dos EUA contra a embaixada do país na antiga Iugoslávia, em 8 de maio de 1999. A vantagem chinesa se reflete mais óbvia desde então. Os EUA optaram por um confronto com a China neste momento. Acredito que a Casa Branca cometeu um grave erro estratégico."