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Foi inaugurada hoje (5) em Beijing a 4ª Sessão Plenária da 12ª Assembleia Popular Nacional da China, na qual o premiê chinês, Li Keqiang, apresentou o relatório de trabalho. O ano de 2016 marca o início do 13º Plano Quinquenal da China. O que irá fazer o governo chinês para promover o crescimento econômico e responder aos desafios de proteção do meio ambiente? Esse é um dos temas mais discutidos na sociedade chinesa.
A China terminou o ano de 2015 com um crescimento de 6,9%, nível mais baixo desde 1990. Em janeiro deste ano, as principais estatísticas do país apresentaram uma queda. Perante esta situação não otimista, Li Keqiang disse que o desenvolvimento da China sempre tem sido promovido desafiando as dificuldades. Não existe uma dificuldade que não pode ser superada.
"Este ano marca a abertura da fase decisiva para concluir a construção de uma sociedade modestamente confortável, e é também um ano para superar as dificuldades na reforma estrutural. Pretende-se garantir uma boa realização do trabalho do governo, cujo destaque é aplicar de forma estável, flexível e equilibrada as políticas macro e microeconómicas, industriais e sociais. Devemos manter o equilibro entre crescimento e reajuste na estrutura, a fim de manter o funcionamento econômico num leque razoável."
Em relação ao crescimento do PIB para este ano, Li Keqiang destacou que desta vez, o governo chinês define um leque para o crescimento econômico em vez de números detalhados, que para a opinião pública, é uma atitude mais flexível e prática do governo para responder à atual pressão da desaceleração.
"A meta para o crescimento econômico é definida entre 6,5% e 7%, que leva em consideração a nossa tarefa de concluir a construção de uma sociedade modestamente confortável e a reforma estrutural. Isso favorece estabilizar e orientar as perspectivas do mercado. O objetivo de menter um crescimento estável é garantir o emprego e elevar o bem-estar do povo. A cifra poderá ser suficiente para garantir o emprego."
Paralelamente, as políticas fiscais continuaram a ser ativas e estáveis. A China aumentará a proporção do déficit em relação ao PIB de 2,3% no ano passado a 3% neste ano, e também reduzirá impostos em todo quadro.
"As políticas fiscais ativas devem ser promovidas com maior esforço. Por outro lado, o aumento moderado no déficit governamental está primeiramente projetado para cobrir as reduções de impostos e taxas para empresas, um passo que irá diminuir mais de 500 bilhões de yuans das suas cargas. Ao mesmo tempo, aumentar a despesa fiscal necessária e o investimento governamental para subsidiar áreas relacionadas ao bem-estar do povo."
Em relação à questão de poluição, Li Keqiang disse que o governo chinês irá aplicar medidas ainda mais rigorosas para melhorar o meio ambiente.
"Vamo-nos esforçar para diminuir a densidade do PM2.5 em zonas-chave, através da redução da emissão de carbono e dos veículos. Ao mesmo tempo, o governo vai aumentar a força para controlar a fonte de poluição industrial, e realizar uma supervisão ainda mais ampla às empresas de emissão de poluentes. "
Nos próximos dias, cerca de três mil representantes da Assembleia Popular Nacional da China vão revisar o relatório de trabalho do governo e fazer uma votação quanto ao documento. Se for aprovado, o relatório será o primeiro documento estratégico que marca a abertura do 13º Plano Quinquenal da China.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Filipe Hu