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Durante dois dias de diálogo, os ministros e os presidentes bancários concordaram que a economia mundial ainda enfrenta riscos de recessão e vulnerabilidade. Por isso, os membros do G20 devem usar todas as ferramentas políticas, incluindo as monetárias, orçamentais e estruturais para reforçar a recuperação global.
Na coletiva de imprensa, o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, apresentou que as 20 economias vão manter a política monetária frouxa e adotar uma política fiscal flexível.
"Todos combinaram de tomar medidas monetárias que favoreçam o crescimento econômico e a estabilidade dos preços. Isto quer dizer que manterão a política monetária modestamente frouxa. Quanto à política financeira, concordamos que devem assegurar o rácio de dívida a permanecer em níveis sustentáveis."
A conferência do G20 focou-se ainda na promoção das reformas estruturais, considerando que esse processo é crucial para elevar a produtividade e o produto potencial. Além disso, os participantes dos 20 países reiteraram a importância do investimento em infraestruturas e da cooperação multilateral entre bancos de desenvolvimento. Nesse aspecto a China, que ocupa a presidência, desempenhou um papel importante no mecanismo do G20, apontou o vice-diretor do departamento para Ásia-Pacífico do Ministério das Finanças da China, Zhou Qiangwu.
"Sob a iniciativa da China, foi incluída pela primeira vez na lista dos tópicos a questão das reformas estruturais. E na reunião, a importância desse assunto foi reconhecida. A China formulou também a necessidade de aperfeiçoar o balanço patrimonial e fortalecer a coordenação entre bancos de desenvolvimento, em particular no aspecto de financiamento."
Já a presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, que também esteve na China para participar do seminário do G20, comentou que está mais confiante na determinação do governo chinês para impulsionar a reforma estrutural.
"O ministro Lou apresentou a todos as medidas da China em relação à reforma estrutural, tais como os meios para promover economia, estimular o consumo e o setor de serviços, bem como estabelecer um mecanismo de financiamento mais conveniente. Essas iniciativas nos fazem acreditar na determinação da China."
Através da conferência do G20, a China volta a expressar a atitude relativa à sua moeda. O chefe do banco central chinês afirmou que o Reminbi nunca participa de jogos de desvalorização para manter a competição do mercado. Para isso, o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, disse saudar o esforço do governo chinês.
"A China não vai desvalorizar sua moeda tendo em conta os fatores fora de mercado. Acho essa declaração muito importante. Esses sinais fazem todos os observadores, não só os norte-americanos, compreenderem melhor a atitude dos chineses."
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Layanna Azevedo