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Recentemente, o governo chinês tem afirmado por repetidas vezes a reforma estrutural na oferta, com o fim de solucionar o excesso de produção. Se a política da redução de capacidade produtiva é a chave para revitalizar a economia chinesa, acompanhem a nossa reportagem.

No início do ano passado, um forno gigantesco de uma planta siderúrgica da cidade de Tangshan, na província de Henbei, foi destruído com explosivos.

A cidade é uma das bases siderúrgicas da China, e sua produção de aço superou o volume total da Europa. No entanto, apesar de o país ter uma produção excessiva de aço, ainda depende da importação de alguns tipos específicos deste minério, como a pequena esfera de aço que é usada na fabricação de canetas esferográficas.

Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa do Planejamento Siderúrgica, Li Xinchuang, ao longo de muitos anos, a eficiência do setor siderúrgico chinês ficou inferior a 80%, e metade das empresas do setor sofreu um déficit no ano passado.

"A redução do consumo, mais oferta do que a demanda e a competição desordenada resultaram na desvalorização do aço. O índice do atual preço já é inferior ao de 1994 em 40 pontos percentuais, o que é desastroso para o setor."

O governo chinês definiu a meta de reduzir este ano a produção de aço em 100 milhões a 150 milhões de toneladas, e restringir também a capacidade produtiva de carvão. O vice-diretor do departamento de pesquisa e consultas do Centro Internacional de Intercâmbios Econômicos, Wang Jun, defendeu que o excesso da capacidade produtiva já constitui uma grande barreira para a economia chinesa.

"A grande capacidade produtiva da indústria não dá conta de ser consumida, os recursos são repletos de ineficiência, e há um grande número de empresas zumbis. Todos esses problemas se relacionam ciclicamente. O excesso da capacidade produtiva e o alto estoque já se tornaram um das principais obstáculos para o desenvolvimento econômico chinês."

No entanto, não é fácil realizar tais reformas. Os setores com excesso de capacidade produtiva são, na sua maioria, setores de trabalho intensivo. Conceber a remodelação administrativa e a realocação dos trabalhadores é um desafio tanto para as empresas como para o governo.

A liderança chinesa afirmou recentemente que a redução da capacidade produtiva será acompanhada com a expansão adequada do consumo total, reforçando a oferta de qualidade e reduzindo a oferta ineficiente. Wang Jun disse:

"Devemos conduzir os recursos para setores com perspectiva. Além disso, podemos aproveitar a estratégia de "um cinturão e uma rota" para atender a demanda internacional."

Tradução: Laura

Revisão: Denise