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O comércio da China com o exterior vem crescendo nos últimos anos. Em 2014, o mercado chinês movimentou US$ 4,3 trilhões, e o valor das exportações chegou a casa de US$ 2,34 trilhões. Ao mesmo tempo, o governo chinês dá alta atenção ao combate a exportação de produtos falsificados e de má qualidade. Em abril deste ano, o país lançou uma campanha contra a pirataria nos países africanos, árabes e latino-americanos integrados na estratégia chinesa de "Um Cinturão e Uma Rota", ou seja, o Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século XXI.
A campanha que foi iniciada em abril passado visa reforçar a supervisão sobre a produção, canais de distribuição e o processo de exportação dos produtos chineses nos próximos três anos, a fim de elevar sua qualidade. A operação chamada "Vento Limpo" tem cinco metas, apontou o vice-diretor do Gabinete do Grupo de Trabalho Contra Pirataria, Chai Haitao.
"A primeira é controlar a origem de produção e regularizar a permissão de acesso ao mercado. A segunda é reforçar a supervisão sobre a exportação e a importação, tomando como principais alvos os lugares de produção e os países de destino, bem como os principais portos. A quarta é a regularização do comércio eletrônico transfronteiriço. E a última é o aumento das cooperações internacionais."
Segundo o vice-diretor do Departamento de Supervisão da Administração de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, Liu Shiyuan, as exportações à África vem sendo o foco do projeto, com o intuito de melhorar a qualidade de produtos exportados ao continente.
"Nos primeiros dez meses deste ano, detectamos problema de qualidade em 4.732 lotes de produtos que seriam exportados à África. Do montante, proibimos a exportação de 1.322 lotes, envolvendo um valor de US$ 39 milhões."
A Alfândega Chinesa também está cooperando com o projeto. Segundo o alto funcionário do órgão, Yu Bin, as 42 alfândegas locais do país estabeleceram suas equipes para levar a cabo a operação "Vento Limpo".
"As regiões do Delta do Rio das Pérolas, Delta do Rio Yangtsê e as regiões fronteiriças são o principal alvo do nosso trabalho, pois são os principais pontos de origem dos produtos exportados para a África, o mundo árabe e países dentro da estratégia de Um Cinturão e Uma Rota. Nas cidades interiores como Chongqing, Wuhan, Xi´na e Chengdu, estamos nos esforçando na luta contra a pirataria na indústria de processamento."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Denise Melo