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A cooperação econômica e comercial entre a China e os outros países por meio da iniciativa do "Cinturão Econômico da Rota da Seda e Rota da Seda Marítima do Século 21", abreviada como "Cinturão e Rota", se revela melhor do que a esperada no primeiro semestre deste ano, tanto no aspecto de andamento como dos efeitos da implementação da estratégia, afirmou hoje (4) em Beijing o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Shen Danyang.
Conforme os dados divulgados pelo Ministério, o volume comercial entre a China e os outros países do "Cinturão e Rota" somou US$485,3 bilhões entre janeiro e junho deste ano, registrando uma queda de 8,4% em comparação com o mesmo período de 2014. A cifra representou 25,8% do comércio total da China. A exportação chinesa para os países associados à estratégia chegou a US$295,7 bilhões, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A importação da China desses países foi de US$189,6 bilhões, uma diminuição de 20,9%. Shen Danyang explicou a situação:
"No primeiro semestre deste ano, a cooperação econômica e comercial entre a China e os países ao longo do 'Cinturão e Rota' se desenvolveu solidamente e continua em progresso efetivo. O desenvolvimento e o resultado dessa colaboração superou a expectativa de modo geral. Devido à estrutura das mercadorias, a importação chinesa dos países participantes da iniciativa teve uma queda considerável, mas a exportação continuou crescendo."
No primeiro semestre de 2015, os países ao longo do "Cinturão e Rota" investiram para estabelecer 948 empresas na China. O número apresentou uma expansão superior a 10%. O investimento desses países à China somou US$3,67 bilhões, um aumento de 4,15%. Os setores de transmissão de informações, computadores e softwares, finanças, aluguel e serviços comerciais atraíram o maior volume de investimento.
Conforme o porta-voz, a Polônia foi o país com o maior ritmo de aumento em investimento para a China. A cidade chinesa, Shanghai, e as províncias de Jiangsu e Shandong foram as preferidas pelos investidores.
"A ver, conforme as regiões, Shanghai, Jiangsu e Shandong receberam as maiores proporções de investimento, com as percentagens respectivamente de 22,24%, 16,04% e 7,8%. Quanto aos países-origem de investimentos, Malásia, Arábia Saudita, Polônia, Rússia e República da Eslováquia apresentaram crescimento mais acelerado de investimento para a China."
Entre janeiro e junho, a China investiu em 48 países relacionados à política do "Cinturão e Rota", com um valor total superior a US$7 bilhões, registrando uma expansão de 22% e representando 15,3% do volume total de investimento direto da China em outros países.
Shen Danyang revelou ainda que a importação chinesa apresentou uma tendência de aumento em volume e diminuição em preços devido à queda de preços de produtos em massa no mercado internacional.
"No primeiro semestre deste ano, o valor de importação de 15 tipos de produtos classificados como matéria prima, incluindo petróleo bruto, gás natural e carvão, sofreu uma recessão de 32%, totalizando US$215,2 bilhões. A importação chinesa pode continuar num nível relativamente baixo devido a razões internas e externas."