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O 7º encontro de líderes dos Brics foi realizado nessa quinta-feira (9) em Ufa, Rússia. Estavam presentes o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Os líderes trocaram opiniões em torno da parceria dos Brics, a situação internacional assim como as cooperações entre os membros do bloco.
Os mercados emergentes e países em desenvolvimento têm registrado desaceleração econômica. Para o presidente chinês, Xi Jinping, o potencial de desenvolvimento dos Brics é gigantesco e não será alterada a tendência da sua ascensão. A estratégia dos parceiros econômicos do Brics, aprovada sem entraves, traça ainda um projeto para a cooperação econômica e comercial entre os Brics nos próximos anos. Xi Jinping afirmou:
"Devemos ter como meta construir cadeias de valores para compartilhamento de interesses e criar um grande mercado para inclusão de interesses, de modo a estabelecer uma parceria econômica mais estreita. Devemos aproveitar as vantagens complementares dos países membros em recursos e estrutura industrial, em busca de um maior espaço de desenvolvimento. É preciso promover simultaneamente a construção da sede do Novo Banco de Desenvolvimento e do Centro Regional na África para que entrem em funcionamento o mais breve possível e obtenham resultados premilinares. Devemos implementar a estratégia dos parceiros econômicos dos Brics e explorar novos pontos de cooperação."
Para os líderes dos Brics, a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do fundo de reserva emergencial é uma medida importante para aprofundar cooperações. Os cinco países devem elaborar a estratégia de desenvolvimento conforme a situação global e atrair mais países a participar da cooperação, promovendo a representatividade dos Brics em instituições financeiras internacionais. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, constatou:
"Apoiamos a China como país presidente rotativo do G20 em 2016 para ampliar a voz dos países em desenvolvimento dentro do Fundo Monetário Internacional. Criamos o fundo de reserva emergencial e o Novo Banco de Desenvolvimento que contam, juntos, com 200 bilhões de dólares. O Novo Banco de Desenvolvimento vai participar logo da construção de infraestruturas e transporte com grande carga. Aprovamos também o roteiro de investimento e cooperação que será definado antes do final deste ano."
O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse que o desenvolvimento econômico mundial precisa de nova fonte motriz e a criação do Novo Banco de Desenvolvimento será complementar para a promoção do desenvolvimento dos projetos infraestruturais dos membros.
"A operação de um novo banco vai trazer novos capitais e projetos. Isso não só corresponde aos interesses da Rússia, como também dos outros membros. À medida que aumente o número de instituições financeiras desse tipo, mais projetos conseguirão apoio financeiro. Ao mesmo tempo, isso vai promover o desenvolvimento da economia mundial."
Além da cooperação econômica, o antiterrorismo e a segurança cibernética também foram incluídos na pauta de discussão dos líderes.
Este ano comemora-se o 70º aniversário da vitória da Segunda Guerra Mundial. Através da Declaração de Ufa aprovada no encontro, os países Brics manifestaram a oposição à distorção dos resultados conquistados na Guerra e aplaudiram uma resolução ratificada pela Assembleia Geral da ONU, para homenagear a vitória na Segunda Guerra Mundial.