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O Ministério do Comércio da China realizou hoje (29) uma coletiva de imprensa para responder a recentes questões no setor do país. O porta-voz do ministério, Shen Danyang, afirmou que a China vai aplicar novas tecnologias para reforçar a supervisão sobre a venda de produtos falsificados na internet.
Shen destacou que com o rápido desenvolvimento do comércio eletrônico do país, surgiram problemas de venda de produtos falsificados, pirataria e violação a direitos legítimos na rede. O porta-voz assinalou que as influências do fenômeno vêm aparecendo. São precisos esforços conjuntos do governo, empresas, consumidores e de todos os setores sociais. Conforme o funcionário, a China vai reforçar a supervisão de negócios verticais através de novas tecnologias.
"O Ministério do Comércio vai continuar fomentando o controle e administração de fraude e violação aos direitos intelectuais na internet, além de aperfeiçoar as leis e os regulamentos na área de comércio online. Iremos aproveitar as novas tecnologias para elevar a nossa capacidade de supervisão e administração sobre o mercado. Também reforçaremos a coordenação e a cooperação entre o governo e as empresas, incentivando as empresas a cumprir as suas próprias responsabilidades. Precisamos, ainda, de conscientizar os consumidores a elevarem o seu conhecimento sobre os produtos."
O Departamento do Comércio dos EUA, julgou no dia 21 de janeiro a ação de dumping em exportação de pneus por várias empresas da China. O Departamento também fez uma decisão preliminar para cobrar impostos antidumping com taxas até 87,99%, sobre os pneus importados do país asiático a serem usados em carros e caminhões pequenos. Shen Danyang, repudiou que o julgamento norte-americano foi injusto.
"Consideramos que o julgamento do caso de pneus nos EUA apresentou muitas falhas e foi injusto. Em 2009, os EUA implementaram medidas protecionistas sobre os pneus chineses da mesma categoria. A política causou graves impactos às relações comerciais entre os dois lados. Tivemos experiências em relação ao assunto. Esperamos que os EUA tirem lições e tratem do problema atual de forma cautelosa, a fim de evitar novos prejuízos no comércio bilateral."
O porta-voz afirmou que a China sofreu cerca de cem procedimentos de fricções no comércio exterior no ano passado. Segundo ele, 22 países e regiões lançaram 97 rodadas de investigações de assistência comercial sobre os produtos chineses, envolvendo um valor superior a US$10 bilhões.
A União Europeia (UE) é a maior parceira comercial da China. Quanto à adoção da política de relaxamento quantitativo, aplicada pelo banco central europeu, o Ministério do Comércio da China realçou que ainda está por verificar os efeitos da medida na recuperação econômica da UE, no entanto, haverá influências diretas sobre o comércio sino-europeu. Shen Danyang explicou a previsão.
"Achamos que a implementação da política de relaxamento quantitativo vai ter influências sobre o comércio com o nosso país. As influências vão ser positivas ou negativas. Por exemplo, a política vai salientar a desvalorização do euro, o que vai ajudar na importação de produtos europeus pela China e na redução de gastos no investimento ao continente europeu. Ao mesmo tempo, isso vai afetar as exportações da China para a Europa e o investimento de empresas chinesas podem enfrentar riscos de perda."