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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada entre o dia primeiro e o dia 12 do próximo mês, em Lima, capital peruana. A delegação chinesa enviada ao evento começou sua viagem hoje (25), a partir de Beijing. Na coletiva de imprensa realizada antes da viagem, os principais negociadores chineses disseram que a China vai continuar a assumir seus deveres internacionais, que correspondem a seu nível de desenvolvimento, capacidade e responsabilidade, para contribuir mais à proteção do ambiente climático global.
O vice-presidente e negociador chefe da delegação chinesa, Su Wei, disse:
"O governo chinês quer que todas as partes envolvidas aproveitem bem a Conferência de Lima para aplicar ativamente os consensos e transformá-los em ações antes de 2020. Os países desenvolvidos devem se esforçar mais na redução de emissões e cumprir suas promessas de dar apoio financeiro, tecnológico e de auxílio à melhora de condições operacionais para os países em desenvolvimento."
Su Wei sublinhou que os países desenvolvidos ainda não cumprem bem suas promessas, especialmente no que tange à ajuda financeira:
"A Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas já foi elaborada há mais 20 anos, mas as negociações sobre fundos e transferência de tecnologias ainda não avançaram muito. Os países em desenvolvimento sentem muito a falta de apoio financeiro dos países desenvolvidos. Por exemplo, na Conferência de Copenhague, os países desenvolvidos prometeram dar até 2020, anualmente, uma ajuda de 100 bilhões de dólares americanos aos países em desenvolvimento, mas, até agora, tais promessas ainda estão apenas no papel."
A delegação chinesa revelou à imprensa que, mesmo com muitas dificuldades de desenvolvimento, a China ainda ajuda ativamente outros países em desenvolvimento e criou o Fundo de Cooperação Sul-Sul para Mudanças Climáticas. Até agora, o governo chinês já investiu 270 milhões de yuans neste fundo.
No início deste mês, a China e os Estados Unidos publicaram uma Declaração Conjunta para Enfrentar Mudanças Climáticas, indicando claramente seus objetivos de ações. O presidente da delegação chinesa, Xie Zhenhua, acha que isso vai influênciar positivamente a Conferência de Lima:
"Após a Cúpula da APEC, os líderes chineses e americanos publicaram essa declaração conjunta, enfatizando que todos os países devem adotar ações efetivas para tratar dos problemas trazidos pelas mudanças climáticas. Achamos que o documento sino-norte-americano impulsionará muito o processo das negociações multilaterais sobre as mudanças climáticas."
Nesta declaração, o governo chinês definiu seu objetivo para 2030, qual seja, de que a emissão de dióxido de carbono não vai aumentar mais, e as energias não petrolíferas, ou seja, livres da dependência do carbono, vão ocupar mais 20% no consumo energético geral.
Xie Zhenhua revelou que a China vai continuar mudando sua maneira de crescimento e persistirá no caminho do desenvolvimento verde e de baixo carbono, para cumprir suas promessas.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Bráulio Calvoso