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Às nove horas e dezoito minutos, hoje de manhã, o som de sinos ecoou na cidade de Shenyang, na região nordeste. As 14 badaladas simbolizam os 14 anos da guerra sino-japonesa.
Ao mesmo tempo, os alertas aéreos foram também tocados nas cidades de Hefei, Wuhu e Dingyuan, no sul, e em Harbin, no nordeste. Em Beijing, a capital chinesa, muitas pessoas foram visitar o Museu de Comemoração da Guerra Sino-Japonesa. A senhora Liu, de 53 anos, foi uma professora. Ela ficou emocionada ao ver a exposição.
"Hoje é o dia comemorativo do incidente de 18 de setembro. Não foi nada fácil a China vencer essa guerra, que demorou tantos anos, e na qual se sacrificaram tantos mártires. Acho que devemos salvaguardar a paz. Na prática, o povo japonês foi também vítima da guerra. O dia de hoje merece ser comemorativo para ambas partes."
Hoje, foi realizada também a cerimônia de lançamento da coleção de arquivos dos trabalhadores chineses sequestrados pelo Japão. A coleção compõe 60 exemplares e com mais de 30 mil páginas. O documento foi escrito pelo governo e empresas japonesas, que distorceram intencionalmente os fatos como, forçar, escravizar e matar os trabalhadores chineses. A conservação dos arquivos passou por um caminho complexo, e a maioria deles já foi destruída. O resto foi guardado pelo Sr. Chen Kunwang por mais de meio século, até ser doado para o Museu. O vice-diretor do Museu de Comemoração da Guerra Sino-Japonesa, Li Zongyuan, falou sobre a publicação dos registros.
"No ano passado, exibimos pela primeira vez esses documentos. Após um ano de preparação cuidadosa, publicamos neste ano a coleção, que serve de prova da História. A publicação permite que mais pessoas tenham acesso aos registros, facilitando os estudos e pesquisas, e ao mesmo tempo, revelar os crimes cometidos pelo Japão contra os trabalhadores chineses."
Nos últimos anos, o governo japonês tentou interromper as restrições da Constituição da Paz e reforçar a capacidade das Forças Armadas. O vice-diretor da instituição da pesquisa sobre o Japão da Academia Chinesa de Ciência Social,Yang Bojiang, alertou para a tendência do neo-imperialismo japonês.
"Nos últimos anos, o governo japonês deu passos largos na quebra das restrições, como liberação do direito de defesa coletiva e na exportação de armas. Todas essas medidas refletem o conceito de imperialismo na mente dos líderes japoneses. Lembramos o dia comemorativo de 18 de setembro para valorizar a paz e explorar o caminho do futuro. E, o mais importante, aproveitar a maré da era para nos tornarmos mais fortes. "
Tradução: Laura
Revisão: Bráulio Calvoso Silva