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A sexta Cúpula do BRICS será inaugurada nesta terça-feira (15), horário local, em Fortaleza, Brasil. O maior destaque desta cúpula será o possível estabelecimento do Banco de Desenvolvimento do BRICS e a assinatura do acordo sobre um fundo de reserva. Caso seja realizado, os países emergentes terão própria organização financeira. Os especialistas acreditam que esse estabelecimento de dois mecanismos financeiros é um forte contra-ataque contra as dúvidas sobre perda de vitalidade do BRICS.
O professor da Universidade de Renmin da China, Jin Canrong, apontou que o BRICS está enfrentando desafios a curto prazo, mas o bloco tem um bom potencial de desenvolvimento a longo prazo.
"A imprensa estrangeira fala mal do BRICS devido à desaceleração do crescimento econômico do bloco. A China está no topo do ranking do desenvolvimento entre os países do BRICS e a sua economia desacelerou, outros estados membros estão uma situação pior. No entanto, a maioria dos economistas acredita que isto é uma tendência, a curto prazo. A médio e longo prazo, como por exemplo, 20 anos, a vitalidade econômica do BRICS será melhor que a dos países ocidentais."
O maior destaque da cúpula será o estabelecimento do Banco de Desenvolvimento do BRICS, com um capital inicial de US$ 50 bilhões. A diretora de pesquisa sobre economia mundial do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Chen Fengying, indicou que o estabelecimento desse banco vai estimular o desenvolvimento do BRICS.
"O Banco de Desenvolvimento do BRICS pode ser um banco de investimento, e presta mais atenção às novas economias, especialmente a questões durante desenvolvimento do BRICS. A meta do Banco de Desenvolvimento do BRICS é promover o desenvolvimento econômico sustentável das novas economias do bloco BRICS. O desenvolvimento do Banco visa vitalizar nosso financiamento."
Além do Banco de Desenvolvimento do BRICS, o fundo de reserva de divisas de US$ 100 bilhões também chama atenção do mundo. Esse fundo de reserva atuará como amortecedor eficaz para resistir a riscos financeiros.
"A reserva de divisas é um mecanismo de emergência. Esse mecanismo foi fundado na Rússia, e nós decidimos ampliar a reserva para 100 bilhões. O mecanismo visa enfrentar a instabilidade financeiro e de mercado, devido aos possíveis choques externos e questões internas, para evitar o risco financeiro ou a crise econômica."
Durante o desenvolvimento estável do BRICS, a China desempenhará um papel de promoção das cooperações internas do bloco e de busca de justiça no sistema financeiro internacional, ressaltou o professor Jin Canrong.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Bráulio Calvoso Silva