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Durante a entrevista, Shen fez uma retrospectiva da trajetória dos 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, apresentando na ocasião as principais atividades e objetivos da visita.
"Em 1993, o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a criar a parceria estratégica com a China. Em 2012, o país tornou-se o primeiro entre as nações da América Latina a fechar a plena parceria estratégica com a China."
Nos últimos anos, as visitas de alto nível entre os dois lados se intensificaram. No ano passado, o presidente chinês, Xi Jinping, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, realizaram dois encontros, em reuniões multilaterais. O ano passado foi marcado também pela visita do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, à China.
Já em abril deste ano, o presidente da Câmara dos deputados do Brasil, Henrique Eduardo Alves, visitou a China. Um mês depois, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, efetuou uma visita ao Brasil.
Desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, a cooperação entre os dois países tem alcançado resultados satisfatórios, especialmente nas áreas, econômica e comercial.
Segundo o chefe da Direção-Geral da América Latina, o volume comercial sino-brasileiro saltou para 90 bilhões de dólares em 2013. A cifra, porém, era de apenas 17 milhões de dólares 40 anos atrás. De 2010 a 2013, investimento chinês no Brasil teve uma franca expansão, de 860 milhões para 17,6 bilhões.
A cooperação abrange quase todas as áreas, desde a energia, minas, agricultura até a infraestrutura. E não faltam os projetos de grande relevância, como o vencimento do leilão do campo petrolífero de Libra, pelo consórcio formado por empresas chinesas e brasileiras.
Ao falar dos intercâmbios culturais, Shen afirmou que uma série de atividades culturais serão promovidas este ano, por ocasião das comemorações das quatro décadas do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil.
"Até o momento, a China já estabeleceu no Brasil sete institutos Confúcio e três salas Confúcio. O Brasil, por seu lado, manda para a China os alunos do programa Ciência Sem Fronteiras. Os dois países experimentam uma cooperação eficiente nas áreas de aeronaves, informática, tecnologia biológica e medicamentos. O programa de satélites terrestres, em particular, é visto como uma referência entre os países em desenvolvimento."
Em relação à visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, Shen salientou que a vista irá aprofundar a amizade, reforçar a confiança mútua, incentivar a cooperação de benefício recíproco e promover o desenvolvimento conjunto.
"Durante o encontro, Xi Jinping terá uma reunião com Dilma Roussef. Os dois líderes estarão presentes na cerimônia de assinatura de diversos acordos de cooperação. Irão também conceder uma coletiva à imprensa e participar do encerramento da reunião anual do Conselho Empresarial China-Brasil. Além disso, os dois países vão emitir também uma declaração conjunta e fechar acordos de cooperação em comércio, energia, eletricidade, finanças e tecnologia." ^
Tradução: Laura
Revisão: Bráulio Calvoso Silva